Justiça penhora dinheiro que Marcelinho ganhará de Luxemburgo

Escritório de advocacia cobra dívida por não pagamento de honorários

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São Paulo

O ex-jogador do Corinthians Marcelinho Carioca, 47, teve pouco tempo para comemorar uma decisão favorável a ele em processo movido na Justiça contra o técnico Vanderlei Luxemburgo, 67.

Em junho, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a penhora de parte do salário do treinador do Vasco da Gama em virtude de uma ação movida pelo ex-atleta por dano moral.

Luxemburgo foi condenado a pagar R$ 351 mil, incluindo correções monetárias, multas e honorários. De acordo com a decisão, 15% do salário do técnico será repassado para o ex-corintiano.

O processo se originou em 2007, quando o ex-meia e o treinador participaram do extinto programa Por dentro da Bola, da Rede Bandeirantes. Na ocasião, Luxemburgo chamou Marcelinho repetidas vezes de "moleque" e "safado".

Marcelinho, porém, não deve ficar com a parcela do salário do técnico. A 4ª Vara Cível Central de São Paulo decretou a penhora de eventuais valores que o ex-jogador obtiver do Vasco referentes ao bloqueio a pedido do escritório L. Coelho e J. Morello Advogados Associados, que cobra uma dívida de R$ 1.502.285,40 do ex-jogador.

O escritório representou Marcelinho entre 2000 e 2005 e alega que não recebeu honorários cobrados. O juiz Rodrigo Cesar Fernandes Marinho, em despacho publicado no dia 27 de junho, acatou o pedido da empresa.

"Diante das diferentes tentativas infrutíferas de recebimento do crédito, defiro a penhora", diz trecho da decisão do juiz.

Além da penhora do valor bloqueado do salário de Vanderlei Luxemburgo, o escritório quer executar um sítio em Atibaia, onde funcionava um resort, atribuído a Marcelinho.

"Já fizemos a prova de que o resort é dele", diz o advogado Fábio Gentile, do escritório BGR.


Os advogados levantaram documentos para apontar o ex-jogador como dono do imóvel. Na condição de responsável pelo estabelecimento, por exemplo, ele assinou documentos de ajustamento de conduta por danos ambientais e de parcelamento do IPTU.
Em depoimento à Polícia Civil, Ubiraci da Costa Cardoso, ex-empresário de Marcelinho, confessou ser um "laranja" do ex-atleta. No papel, ele aparece como dono do local, que na verdade pertenceria a Marcelinho.

"Ainda não houve decisão judicial sobre isto. Estamos aguardando a decisão do juiz para que o imóvel possa ser penhorado", diz Gentile.

Procurado pela Folha, o advogado Anthero Mendes Pereira Júnior, que representa Marcelinho, afirmou que o ex-jogador reconhece o processo no qual o escritório L. Coelho e J. Morello Advogados Associados cobra honorários por serviços advocatícios, mas contesta o valor devido.

"O Marcelo reconhece que existe este processo, mas os valores ainda serão discutidos nos autos. O valor que ele receberá do Vanderlei Luxemburgo é superior ao que eventualmente deveria ser cobrado pelo escritório", disse Pereira Júnior.

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