Descrição de chapéu Pan-2019

Sede do Pan tem glórias no vôlei e tiro, mas ama futebol (e Guerrero)

Jogador do Internacional é ídolo no Peru, país que recebe os Jogos de 2019

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Lima (Peru)

Se você disser a um peruano que é brasileiro e iniciar uma conversa sobre esportes com ele, as chances são grandes de ela chegar ao nome de Paolo Guerrero.

O atacante do Internacional, ex-Flamengo, Corinthians e Bayern de Munique, é o maior ídolo do esporte do país, pelo menos entre os atletas que estão em atividade.

Em 2017, Guerrero, 35, ajudou a recolocar a seleção peruana na Copa do Mundo após 36 anos de ausência. Neste mês, conduziu a equipe nacional à final da Copa América no Brasil.

Paolo Guerrero comemora gol pela seleção do Peru, durante a Copa América
Paolo Guerrero comemora gol pela seleção do Peru, durante a Copa América - Xinhua - 3.jul.2019/Xin Yuewei

Veículos de comunicação do Peru acompanham seus passos com atenção e noticiam com destaque seu desempenho nas partidas do clube gaúcho.

A realização dos Jogos Pan-Americanos de Lima, com cerimônia de abertura nesta sexta (26), dá a oportunidade aos locais de conhecer de perto dezenas de modalidades esportivas. Mas é difícil que alguma delas os comova como faz o futebol.

O vôlei, segundo esporte em termos de popularidade, é tratado por muitos peruanos como “algo para mulheres”, conforme relatos ouvidos pela reportagem da Folha em Lima.

A seleção feminina de vôlei do país, medalhista de prata na Olimpíada de Seul-1988, foi a maior potência do continente naquela década, mas há tempos deixou de ter expressão internacional. Já a equipe masculina nunca obteve grandes resultados.

 

As outras três medalhas olímpicas do Peru foram obtidas no tiro esportivo: ouro com Edwin Vásquez em 1948 e prata com Francisco Boza (1984) e Juan Giha (1992). Mas não se trata de uma atividade popular.

Assim como o Brasil, o país passou por um boom de investimentos no esporte nos últimos anos. Segundo reportagem do jornal El Comercio publicada nesta sexta (26), das 60 federações esportivas do país, apenas a de futebol gera recursos suficientes para se sustentar sem a ajuda do governo, cenário similar ao vivido no Brasil.

No Pan de Lima, o país tem a expectativa de dar um salto grande em comparação às 12 medalhas que ganhou em Toronto-2015. Para isso, terá que contar com esportes bem menos populares do que o aclamado futebol.

Alguma das esperanças estão no squash (com Diego Elías), karatê (Alexandra Grande) e pelota basca (Kevin Martínez), na versão regional do jogo chamada frontón peruano.

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