Tite evita perguntas sobre permanência e diz que tem contrato até 2022

Treinador usa número 13 de Zagallo pedindo luz na final da Copa América

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Rio de Janeiro

Tite começou sua entrevista antes da final da Copa América usando o número 13, pedindo a sorte do ex-jogador e ex-treinador Zagallo. Outro número, 2022, não o deixou tão sorridente.

Diante das especulações de que deixará o comando da seleção brasileira e não permanecerá até a Copa do Mundo de 2022, o técnico deu apenas uma resposta curta. Limitou-se a falar sobre a duração de seu contrato, que tem término previsto justamente após o Mundial do Qatar.

O técnico Tite, da seleção brasileira, durante coletiva na véspera da final da Copa América
O técnico Tite, da seleção brasileira, durante coletiva na véspera da final da Copa América - Henry Romero/Reuters

“É 2022 o contrato que a gente manteve com a CBF, com o Rogério [Caboclo, presidente]”, afirmou o treinador. Ao ouvir nova pergunta sobre o tema, disse: “Eu já respondi essa parte.”

A CBF já manifestou a confiança em seu trabalho e assegurou que, no que depender da entidade, o treinador será mantido até a Copa. E no que depender de você, Tite? “Não vou responder. Já respondi duas vezes. Está claro. Quero pensar no jogo”, declarou, irritado.

Antes disso, ele havia aberto um largo sorriso ao receber um “boa sorte” do capitão Daniel Alves, que o acompanhou na entrevista concedida no Maracanã, palco da decisão de domingo (7), contra o Peru. Questionado sobre o que significava essa sorte, citou Zagallo, tetracampeão do mundo com a seleção brasileira (como jogador, em 1958 e em 1962, como técnico, em 1970, e como auxiliar técnico, em 1994).

“Oito mais cinco: treze”, disse Tite, recordando o número da sorte de Zagallo. “Tenho 58 anos. Tomara que eu tenha a sorte dele. Mestre, exemplo, história, retidão, qualificação. Tomara que eu tenha um pouquinho da luz dele. Esse é o sentimento.”

Ainda no campo dos números, o treinador recordou a vitória por 5 a 0 sobre o Peru, na primeira fase da Copa América. Como já vinham fazendo seus jogadores, ele afirmou que não espera outra goleada e que o cenário do confronto realizado no mês passado mudou completamente até a decisão.

“É muito diferente. Chegam equipes que mereceram, com grandes virtudes. O placar daquele jogo foi excessivamente elástico, não traduziu bem a situação. O Peru sentiu aquele jogo e retomou sua caminhada, cresceu. São duas equipes que chegam fortalecidas à final, que chegam por merecimento. Agora, vai vencer quem merecer mais dentro de campo”, afirmou.

Tite preferiu não divulgar quem será o dono da lateral esquerda, embora seja provável a manutenção de Alex Sandro, com o ex-titular Filipe Luís no banco. Seja qual for a escolha, assegurou o capitão Daniel Alves, a equipe estará bem preparada pelo chefe para levantar o troféu no Maracanã.

“A gente está muito tranquilo porque o capitão do nosso barco cuidou de todos os detalhes. Somos privilegiados por trabalhar com ele, com sua equipe, com a direção dessa orquestra. Eles afinam muito bem os instrumentos para que ninguém erre nota, para que ninguém desafine. Isso dá uma tranquilidade, e a única coisa que a gente pode prometer é o 100%”, disse o lateral direito.

Na decisão contra o Peru, o maestro será Tite. A Copa de 2022, ao menos para o treinador, é assunto para outro momento.

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