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Serena tenta ampliar domínio sobre Sharapova em duelo inédito

Americana tem 19 vitórias contra 2 da russa, mas elas nunca jogaram no US Open

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Ben Rothenberg
Nova York | The New York Times

Serena Williams derrotou Maria Sharapova 19 vezes, em quase todo lugar. Em quadras duras e macias, rápidas e lentas, cobertas e descobertas. O saibro azul foi um novo piso usado por apenas uma semana em Madri, em 2012. Williams fez questão de derrotar Sharapova também nele.

Mas Williams, 37, e Sharapova, 32, que se enfrentaram em finais de três outros torneios de Grand Slam, jamais jogaram uma contra a outra no US Open. Isso vai mudar neste ano. Williams, a cabeça de chave número oito, enfrentará Sharapova, que não está entre as cabeças de chave, na primeira rodada do torneio de simples deste ano, nesta segunda-feira (26), às 20h.

As duas não se enfrentam desde o Australian Open de 2016. Pouco depois daquela partida, Sharapova foi apanhada em um exame antidoping pela presença de meldonium, uma substância que tinha sido banida pouco tempo antes, e isso resultou em uma suspensão que terminou por durar 15 meses.

Serena Williams carrega troféu após derrotar Maria Sharapova na final do Australian Open de 2015
Serena Williams após derrotar Maria Sharapova na final do Australian Open de 2015 - Manan Vatsyayana - 31.jan.15/AFP

Quando Sharapova, que ganhou da americana duas vezes, voltou ao circuito, em abril de 2017, Williams estava de licença maternidade. Sua filha, Olympia, havia nascido sete meses antes.

Williams e Sharapova deveriam ter se enfrentado na oitavas de final de Roland Garros em 2018, o primeiro torneio de Grand Slam que Williams jogou como mãe. Mas a tenista americana abandonou o torneio pouco antes do horário marcado para a partida, por conta de uma lesão peitoral.

Williams chegou às finais de 3 dos últimos 5 torneios de Grand Slam —em Wimbledon nos dois últimos anos, e no controverso US Open do ano passado—, mas não ganhou um título desde que voltou da licença maternidade.

Sharapova só conquistou um título desde sua suspensão, em 2017, em um pequeno torneio em Tianjin, China. Depois de derrotar Caroline Wozniacki, a campeã da edição passada, a caminho das oitavas de final do Australian Open, Sharapova perdeu a maior parte da temporada por conta de lesões e terminou no 87º posto do ranking, o que tornou possível um encontro entre duas estrelas na primeira rodada do US Open.

Williams também tem preocupações com lesões: abandonou a final do Aberto do Canadá e deixou o torneio de Cincinnati com espasmos nas costas. Ela não concluiu qualquer torneio em quadras duras neste ano sem que lesões ou doenças forçassem seu abandono.

Sharapova teve uma primeira partida de destaque na primeira rodada do US Open dois anos atrás, quando venceu a cabeça de chave número dois, Simona Halep. Essa vitória está entre os poucos pontos altos de sua carreira pós-suspensão, que não a viu retornar aos 20 primeiros postos do ranking.

A vencedora da partida entre Williams e Sharapova enfrentará Timea Bacsinszky, antiga jogadora do top 10 que no momento está em 88º lugar no ranking, ou a americana Caty McNally, 17, que chegou à semifinal do Citi Open em Washington neste mês.

A veterana e ardilosa taiwanesa Hsieh Su-wei, 29ª colocada no ranking, deve ser a adversária de terceira rodada. Anastasija Sevastova, a cabeça de chave número 12 e que chegou pelo menos às quartas de final nas três edições passadas do Aberto dos Estados Unidos, é uma potencial oponente de oitavas de final.

Todas essas jogadoras ficam na chave encabeçada por Ashleigh Barty, campeã de Roland Garros neste ano. Uma outra chave é encabeçada por Karolina Pliskova, cabeça de chave número três, e Elina Svitolina, cabeça de chave número cinco, que pode encarar Venus Williams na segunda rodada.

Atual campeã e cabeça de chave número um, Naomi Osaka encabeça uma chave que inclui Coco Gauff, 15, uma americana cujo talento foi revelado em Wimbledon, em julho, e pode encarar Osaka na terceira rodada. Gauff faz seu primeiro jogo contra outra adolescente, Anastasia Potapova, 18, da Rússia, e depois pode enfrentar a 28ª colocada do ranking, Carla Suárez Navarro.

Osaka, que abandonou uma quarta de final em Cleveland na semana passada devido a uma lesão aguda no joelho, expressou otimismo sobre sua recuperação para o Aberto dos Estados Unidos, dizendo que estava "melhorando", a alguns dias de sua defesa de título.

"Eu diria que me recupero rápido, e estou apostando nisso", ela disse no palco depois do final do sorteio das chaves. "Estou aqui e me sinto bem saudável'.

Tradução de Paulo Migliacci

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