Corinthians começa negociação com Caixa na próxima terça

Banco executou dívida de R$ 536 milhões pelo empréstimo para construção da arena

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São Paulo e Brasília

A primeira reunião entre Corinthians e Caixa Econômica Federal para falar sobre a execução judicial da dívida pelo estádio do clube foi marcada para a próxima terça-feira (1º) em São Paulo. A ideia é que o encontro seja entre representantes técnicos do clube e do banco estatal. 

A princípio, não haverá a presença do mandatário corintiano, Andrés Sanchez, ou do presidente da Caixa, Pedro Guimarães. 

O propósito é que a reunião na capital paulista possa encaminhar negociação que torne possível um acordo a ser acertado no final de outubro, quando Sanchez pretende ir a Brasília.

Visão lateral da arena do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo
Visão lateral da arena do Corinthians, em Itaquera, zona leste de São Paulo - Gabriel Cabral-16.jul.19/Folhapress

No último dia 12, a Caixa notificou o Corinthians sobre o início do processo de execução de R$ 536 milhões do empréstimo feito para a construção da arena em Itaquera. Neste ano, o Corinthians pagou apenas duas parcelas, e em atraso.

O clube disse ter sido pego de surpresa com a iniciativa do banco. Dirigentes afirmavam estar em renegociação do débito. No processo em que pediu autorização judicial para a execução, os advogados da Caixa alegaram terem esgotado todas as tentativas amigáveis de fechar um acordo.

No dia seguinte à execução, em 13 de setembro, Sanchez enviou ofício pedindo audiência com Pedro Guimarães. Em entrevista à Folha, o executivo do banco disse não se opor a uma renegociação, mas que o Corinthians deveria apresentar uma "ótima justificativa" para a inadimplência.

Sanchez e Guimarães falaram por telefone após a notificação. A intermediação da conversa foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Amigo do presidente da Caixa, ele pediu autorização a Guimarães para passar seu número de celular para o dirigente corintiano. 

Questionado no Parque São Jorge sobre a possibilidade da reunião, Sanchez disse desejar ir acompanhado por Maia, o que causou estranheza nos conselheiros, que desconheciam a participação do deputado. Eles pediram ao cartola que levasse Antonio Goulart, presidente do conselho deliberativo. Ele também ouviu pedidos para adotar um tom mais conciliatório em declarações públicas.

O presidente assentiu e prometeu levar Goulart quando for a Brasília, como representante dos conselheiros. 

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