Palmeiras demite Felipão e faz proposta para Mano

Luiz Felipe Scolari ficou um ano no clube e venceu Nacional de 2018

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O Palmeiras demitiu o técnico Luiz Felipe Scolari, 70, nesta segunda-feira (2) um dia após a derrota para o Flamengo por 3 a 0, no sétimo jogo seguido sem vitória no Brasileiro. Para substituí-lo, o clube fez uma proposta para Mano Menezes, ex-Cruzeiro, que deve dar uma resposta ao convite até esta terça-feira. 

Depois da Copa América, o time comandado por Scolari acumulou apenas 23,8% de aproveitamento no Nacional, com cinco empates e duas derrotas.

Antes da pausa para a competição sul-americana, o rendimento alviverde era de 92,5%, com 25 pontos somados de 27 possíveis no campeonato.

No período pós-Copa América, Felipão e seus comandados foram eliminados nas quartas de final da Copa do Brasil pelo Internacional, no dia 17 de julho, e, na última semana, deram adeus à Libertadores na mesma fase, ao serem superados pelo Grêmio.

Esta foi a terceira passagem do gaúcho pelo Palmeiras. Ao todo, ele acumula 485 partidas à frente da equipe e seis títulos conquistados, entre eles a Libertadores de 1999 e o Brasileiro de 2018.

Ele é o segundo que mais vezes dirigiu o time na história, atrás apenas de Oswaldo Brandão, que teve 580 jogos.

Contratado em julho de 2018, Scolari levou o Palmeiras ao título brasileiro do ano passado, mas fracassou nos cinco mata-matas que disputou com a equipe. Nesta passagem, o aproveitamento dele foi de 69,7% em 76 jogos.

Em nota, o clube informou que os auxiliares Paulo Turra e Carlos Pracidelli também foram demitidos. 

Felipão foi o 7º treinador diferente na gestão do diretor de futebol Alexandre Mattos, que chegou ao clube em janeiro de 2015. Neste período, Cuca teve duas passagens pela equipe. Com o cartola, o clube tem uma média de quase dois técnicos por temporada.

Na década, o time alviverde já teve 22 trocas de técnicos, incluindo os interinos.

Logo após a confirmação da saída de Scolari, a hashtag #manonao foi uma das mais comentadas do Twitter.

Nesta semana, o elenco palmeirense trabalhará sob o comando do auxiliar Andrey Lopes, do coordenador de preparação física Omar Feitosa e de Wesley Carvalho, técnico do sub-20.

 Luiz Felipe Scolari grita com o time do Palmeiras durante jogo contra o Flamengo, no Maracanã, na última partida do técnico à frente da equipe nesta terceira dele passagem pelo clube
Luiz Felipe Scolari grita com o time do Palmeiras durante jogo contra o Flamengo, no Maracanã, na última partida do técnico à frente da equipe nesta terceira dele passagem pelo clube - REUTERS

Durante a tarde desta segunda-feira (2), a diretoria esteve reunida no CT palmeirense para definir o futuro do técnico. Antes de anunciar a demissão, os cartolas tomaram medidas para aumentar a segurança do local, temendo protestos da torcida.

O clube tem monitorado as redes sociais para identificar a organização de possíveis protestos e constatou ameaças que poderiam colocar a segurança de atletas e funcionários em risco. Por esta razão, os treinos da semana vão ser fechados e os horários também não serão divulgados.

Além disso, foi solicitada a presença da Polícia Militar em frente ao CT e ao Allianz Parque, para uma ação preventiva na região, com agentes que cobrem a área.

Enquanto ocorria a reunião, alguns torcedores usaram as redes sociais para cobrar uma atitude de Leila Pereira, presidente da Crefisa, principal patrocinadora do clube. Em sua conta oficial no Instagram, ela respondeu dizendo que não contrata jogadores e nem escala o time. 

O atacante Dudu, um dos líderes do elenco, usou o Facebook para lamentar a saída de Felipão. "Professor, gostaria de agradecer por tudo o que vivemos no Palmeiras. Nós já tínhamos convivido juntos e sempre aprendi muito com você. Obrigado por todos os conselhos, orientações e broncas!" 

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.