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Premier League contrata diretor de jornal para chefiar entidade

David Pemsel chefiava o diário inglês The Guardian e o semanário Observer

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São Paulo

A Premier League anunciou nesta quarta (2) que David Pemsel será o novo presidente-executivo da liga. O cargo estava vago havia dez meses. 

Pemsel era diretor-executivo do diário inglês The Guardian e do semanário Observer. Ele foi escolhido para substituir Richard Scudamore, que ocupou o cargo por quatro anos e saiu em novembro do ano passado.

 
David Pemsel, novo CEO da Premier League, em evento realizado em Nova York
David Pemsel, novo CEO da Premier League, em evento realizado em Nova York - Monica Schipper-29.set.14/Getty Images

Na gestão de Scudamore, a liga inglesa virou o campeonato de futebol nacional mais rico do mundo. De acordo com o Financial Times, o valor de mercado dos direitos de transmissão dos jogos do torneio para as emissoras fora do Reino Unido é de US$ 11 bilhões (cerca de R$ 44 bilhões). O contrato em vigor termina em 2022.

Pemsel deve assumir o cargo até abril de 2020 e permanece no Guardian Media Group, one é chefe executivo. Ele tirou a companhia do vermelho, com aumento da receita digital e corte de custos. Em 2019, a empresa registrou lucro pela primeira vez depois de três anos.

A escolha do executivo encerra a busca por um nome capaz de assumir as rédeas da empresa que administra a competição. A saída de Scudamore foi conturbada, com a divulgação de que o dirigente recebeu cerca de R$ 25 milhões de bônus após ter deixado o cargo. O valor gerou controvérsia na Inglaterra, em razão das reclamações de torcedores de que os ingressos na competição estão muito caros. 

A England Supporters Club (associação de torcedores da Inglaterra) afirmou que a liga estava afastada da realidade das classes mais baixas. A entidade respondeu que o dinheiro pago a Scudamore fazia parte de um acordo em que ele se comprometia a não trabalhar para outra liga esportiva nos próximos anos, levando a experiência adquirida e os contatos. 

A primeira escolha para a vaga havia sido Susanna Dinnage, chefe do canal Animal Planet. Ela aceitou, mas depois voltou atrás. Seria a primeira mulher a comandar a Premier League. 

O segundo nome havia sido Tim Davie, diretor-executivo da BBC. Ele decidiu seguir na emissora.

Pemsel terá de enfrentar cenário em que a audiência da Premier League, embora seja a maior entre as ligas nacionais do mundo, tem mudado e migrado para as plataformas digitais em detrimento da TV. 

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