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São Paulo planeja associação para dar assistência a ex-jogadores

Ex-zagueiro Lugano, hoje dirigente do clube, é um dos idealizadores do projeto

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São Paulo

O São Paulo planeja a criação de uma fundação para auxiliar ex-jogadores que passaram pelo clube. O primeiro passo para essa iniciativa começar a ganhar corpo acontecerá no dia 15 de dezembro, com a realização da Legends Cup.

O torneio reunirá ex-jogadores de Barcelona, Bayern, Borussia Dortmund e do próprio time paulista para um quadrangular no Morumbi, no dia 15 de dezembro. O São Paulo reverterá parte da arrecadação para a associação.

O ex-zagueiro uruguaio Diego Lugano, que atualmente trabalha como superintendente de relações institucionais do clube, é um dos idealizadores da iniciativa. Ele tem a preocupação de resgatar e cuidar de nomes que ajudaram a construir a história tricolor.

“O São Paulo tem uma torcida que venera os seus ídolos. Vejo porque eu estou no São Paulo, o Raí [atualmente diretor] também. O Rogério [Ceni] passou por aqui [como treinador]. O futebol brasileiro tem nomes fabulosos, e muitos não têm o reconhecimento que deveriam ter. Mas o são-paulino é diferente, aqui tem essa sensibilidade”, disse.

O ex-zagueiro Lugano, que atualmente trabalha como diretor de relações institucionais do São Paulo
O ex-zagueiro Lugano, que atualmente trabalha como diretor de relações institucionais do São Paulo - Eduardo Knapp/Folhapress

O projeto já tem um nome: “Instituto São Paulo”. O ex-volante Mineiro, autor do gol do título do Mundial de Clubes em 2005, ficará à frente da organização e pretende, assim, resgatar um pouco da história construída por seus jogadores.

“Vai ser criada uma comissão de ex-atletas para avaliar a situação de cada um. Vamos dar o suporte necessário para alguns ex-atletas que, por um motivo ou outro, ficaram esquecidos. Vamos tentar impedir que a história se perca", disse Mineiro.

Lugano lembrou que, informalmente, o São Paulo já ajudou ex-atletas, como Leônidas da Silva, ídolo do clube na década de 1940, e Pedro Rocha, ícone nos anos 1970.

“O importante é que já tem essa sementinha plantada aqui, e temos pessoas capacitadas para administrar algo como um fundo para ajudar esses ex-atletas. Tudo com amparo jurídico", afirmou.

A ideia de dar assistência a ex-jogadores não é uma novidade para o uruguaio, que no seu país de origem ajudou a criar a Fundación Celeste em 2010, da qual ainda é o presidente. A entidade ajuda crianças carentes e também jogadores que foram profissionais.

“É complicado porque, quando a carreira termina, acaba tudo. Temos que ajudar quem precisa. Amanhã pode ser eu”, disse. Para ele, casos de depressão após o fim da carreira são comuns, e nem mesmo as grandes estrelas do esporte estão imunes.

“Acho que com os grandes craques é ainda pior. O atleta que não teve tanta visibilidade já vai pensando em um plano B ao longo da vida. Já os consagrados, que defenderam até mesmo as seleções de seus países, podem sofrer mais porque nunca esperaram passar por isso", afirmou.

As formas de arrecadação de recursos ainda não foram totalmente definidas, mas o novo time de masters do São Paulo poderá ter uma participação nessa empreitada. "Já falei com Silas, Careca, Muller, Luis Fabiano, que não se aposentou. O São Paulo tem muitas lendas para fazer esse projeto dar certo", disse Lugano.

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