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Segunda derrota seguida em casa fecha semana 'desastrosa' do São Paulo

Equipe paulista perdeu para o Fluminense na quinta (7) e para o Athletico-PR neste domingo (10)

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São Paulo

Difícil acreditar que tenha sido algo combinado, mas o diretor executivo Raí e o técnico Fernando Diniz usaram a mesma palavra para definir a semana do São Paulo: desastrosa.

Na segunda-feira passada (4), jogadores e dirigentes viam a expectativa real de consolidar a posição da equipe no G4 do Campeonato Brasileiro. Isso seria a garantia de volta para a Copa Libertadores em 2020.
Seriam dois jogos em casa, um deles contra rival candidato ao rebaixamento. 

Era também a oportunidade para mostrar que o São Paulo real era o que havia passeado em campo e goleado a Chapecoense no sábado (2). Não o da partida anterior, quando não viu a cor da bola diante do Palmeiras.

Deu tudo errado.

Hernanes tenta se livrar da marcação de rival do Fluminense no duelo pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi
Hernanes tenta se livrar da marcação de rival do Fluminense no duelo pelo Campeonato Brasileiro, no Morumbi - Rubens Chiri/saopaulofc.net

Em 180 minutos de futebol, a equipe de Fernando Diniz não fez nenhum gol. Perdeu para o Fluminense na última quinta (7) por 2 a 0, em um resultado surpreendente. Neste domingo (10), foi derrotado mais uma vez no Morumbi. O Athletico-PR venceu por 1 a 0.

O único gol do jogo foi marcado por Marcelo Cirino, aos 44 minutos do 2º tempo.

"Eu assumo a responsabilidade", disse o goleiro Tiago Volpi.

O revés aconteceu porque o goleiro falhou na finalização de Cirino.

A queda em casa para o adversário já classificado para a Libertadores (o Athletico ganhou a Copa do Brasil) foi momento de ruptura também de integrantes de torcida organizada com a equipe. Um grupo deles protestou em frente ao Morumbi após o apito final.

Havia os alvos de sempre, como Raí e o presidente Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco. Mas jogadores também receberam xingamentos, especialmente os mais caros, como Alexandre Pato e Daniel Alves, maior contratação do clube no ano.

Alves começou como titular. Mais uma vez na lateral direita, apesar de desejar ser escalado no meio-campo. Alexandre Pato ficou os 90 minutos no banco de reservas.

Sobrou até para Fernando Diniz, que chegou ao clube no final de setembro.

"Perdemos duas vezes seguidas em casa. O torcedor vai protestar mesmo. O São Paulo é um clube gigante e o torcedor tem paixão pela Libertadores", constatou ele.

As chances de o São Paulo ir à Libertadores continuam boas. Com 52 pontos, a equipe está na 5ª colocação e os 6 (ou 7) primeiros, se classificam para o torneio sul-americano.

Mas o objetivo de ficar entre os 4 melhores é pelo direito de entrar direto na fase de grupos, sem precisar passar por eliminatórias. 

Neste ano, o clube paulista caiu diante do Talleres (ARG) no que ficou conhecido popularmente como "pré-Libertadores".

 

Com as duas derrotas, o São Paulo viu o Internacional se aproximar. Está com 49 pontos, mesmo número do Corinthians. O Athletico-PR chegou aos 50. Restam seis rodadas no Campeonato Brasileiro.

Tivesse vencido os dois jogos em casa na sequência, a equipe de Fernando Diniz estaria com 58. 

A irritação da torcida foi porque o São Paulo poderia ter vencido a partida. Criou chances (especialmente no 1º tempo) e teve maior domínio da partida contra um adversário desfalcado.

Mas o ataque é pouco incisivo e mostrou dificuldades para acertar o gol. Quando isso aconteceu, parou nas defesas do goleiro Santos.

Em 32 rodadas, o São Paulo tem 32 gols marcados. É o pior ataque entre os 10 primeiros colocados do Brasileiro. Está igual ao Fluminense, que luta para evitar o rebaixamento.

"É difícil saber a razão para os gols perdidos", completou Diniz, quando questionado sobre o desempenho ofensivo.

No próximo sábado (16), o São Paulo fará clássico contra o Santos, na Vila Belmiro.

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