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Thiem conta com histórico recente para desafiar Djokovic na Austrália

Tenistas austríaco e sérvio fazem final do primeiro Slam do ano neste domingo

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São Paulo

Nas duas vezes em que chegou à final de Roland Garros, Dominic Thiem, 26, teve como adversário Rafael Nadal, 33, que já venceu 12 edições do campeonato disputado no saibro de Paris. O máximo que o tenista austríaco conseguiu nessas ocasiões (2018 e 2019) foi arrancar um set do espanhol.

Neste domingo (2), a partir das 5h30 (horário de Brasília, com transmissão da ESPN), Thiem estará na decisão do Australian Open pela primeira vez na carreira. Novamente, seu adversário será o recordista de conquistas do torneio, que nesse caso é Novak Djokovic, 32.

O sérvio não soma tantos títulos em Melbourne como Nadal acumula no saibro de Paris. Ainda assim, seu retrospecto de sete troféus no primeiro Grand Slam da temporada (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016 e 2019) pode ser visto como intimidante.

Thiem, por outro lado, tem algo a seu favor no duelo contra Djokovic, já que venceu 4 dos últimos 5 confrontos contra o vice-líder do ranking mundial –se o tenista sérvio ficar com o título, ultrapassará Nadal e reassumirá a primeira posição no ranking.

Nos primeiros cinco jogos que disputaram, de 2014 a 2017, o sérvio levou a melhor sobre o austríaco em 100% das ocasiões.

Esse cenário começou a mudar em Roland Garros, três anos atrás, quando Thiem superou Djokovic nas quartas de final por 3 sets a 0. Desde então, venceu outras três vezes (incluindo mais uma no Slam francês, em 2019) e perdeu apenas uma, também no saibro, em Madri.

É seguro pensar que nenhum dos seus triunfos sobre o sérvio possa o animar tanto quanto o mais recente deles, no piso rápido e coberto do ATP Finals, em Londres. Naquele duelo, o austríaco foi agressivo e optou por correr riscos em boa parte das jogadas —acabou recompensado pela postura.

No mesmo torneio, ele também derrotou Roger Federer, 38, e terminou com o vice-campeonato, batido pelo grego Stefanos Tsitsipas, 21.

Thiem, quinto colocado do ranking mundial, já havia perdido o rótulo de "jogador de saibro" ao vencer o Masters 1.000 de Indian Wells, na quadra dura dos EUA, após uma surpreendente virada contra Federer em março de 2019. No ano passado, 3 dos seus 5 títulos foram conquistados na superfície rápida.

“O título em Indian Wells foi um ponto de virada para mim, porque me deu muita confiança quando vi que poderia ter conquistas importantes na quadra dura. O ótimo desempenho que tive em Londres me fez pensar que poderia fazer algo semelhante aqui na Austrália”, disse o austríaco.

Ele afirmou que assistirá novamente ao jogo do ATP Finals contra Djokovic para buscar inspiração antes da decisão em Melbourne. Se assim desejar, poderá também observar o próprio desempenho na Austrália nesta semana, em que se impôs nos momentos cruciais do jogo diante de Nadal (nas quartas) e Alexander Zverev (nas semis) —venceu os cinco tiebreaks que disputou nesses dois duelos.

Djokovic, considerado favorito ao título desde o início do ano, não passou aperto até agora e chegará à decisão com um dia a mais de folga que o austríaco. Nem mesmo nas semifinais, diante de Roger Federer, ele encontrou problemas: despachou um combalido suíço (com dores nas costas) por 3 sets a 0.

Seu favoritismo, portanto, permanece ativo, mas o sérvio sabe com propriedade que a ameaça austríaca é cada vez mais real.

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