Messi e Ronaldo tentam deslanchar após início modesto na Champions

Argentino e português marcaram apenas dois gols na fase de grupos do torneio

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São Paulo

Já faz um bom tempo que a Champions League se acostumou a ver Lionel Messi ou Cristiano Ronaldo liderando a tabela de artilheiros. A última vez que nem um nem outro terminou o torneio como goleador foi na temporada 2006/2007, quando Kaká, campeão com o Milan, marcou 10 gols.

Na atual edição da competição, porém, tanto o argentino como o português registraram números tímidos ao final da fase de grupos, com dois gols cada um.

Agora, nos jogos de ida de suas respectivas equipes pelas oitavas de final da Champions, a dupla busca melhorar essa contagem e iniciar a caminhada por mais um título europeu –Messi tem três conquistas, e Ronaldo, quatro.

Messi e Cristiano Ronaldo antes de duelo entre Barcelona e Real Madrid, pelo Espanhol, em 2016
Messi e Cristiano Ronaldo antes de duelo entre Barcelona e Real Madrid, pelo Espanhol, em 2016 - Albert Gea/Reuters

Nesta terça-feira (25), o Barcelona visita o Napoli, às 17h. A Juventus joga quarta (26), no mesmo horário, diante do Lyon, na França.

Na Champions desta temporada, Messi marcou apenas diante do Slavia Praga, em vitória de 2 a 1 na República Tcheca, e do Borussia Dortmund, no triunfo por 3 a 1 na Catalunha. Ele não tinha números tão modestos na fase de grupos desde a edição 2009/2010.

A partida diante dos alemães foi a principal exibição do camisa 10 no torneio. Além do gol, deu as assistências para Luis Suárez e Antoine Griezmann anotarem os seus.

Artilheiro da última edição da Champions com 12 bolas na rede, o argentino chega em alta para o confronto depois de brilhar na goleada dos catalães no último fim de semana, pelo Campeonato Espanhol. Em casa, o Barça venceu o Eibar (ESP) por 5 a 0, com quatro gols de Messi.

Fazia mais de dois anos que ele não marcava quatro gols em uma única partida. A última vítima havia sido justamente o Eibar, também pela liga, em goleada por 6 a 1.

Sua atuação no Camp Nou o ajudou a aumentar a vantagem no topo da lista de artilheiros do torneio local. Com 18 gols, tem cinco a mais que Benzema, o vice-goleador.

Contudo, e Messi já repete essa intenção há algum tempo, seu principal objetivo é levar o clube novamente ao título europeu, que não vem desde a temporada 2014/2015.

Nas últimas duas edições, os catalães deixaram escapar grandes vantagens construídas nos jogos de ida contra Roma e Liverpool, nas quartas de final e semifinal, respectivamente. Diante dos italianos, depois de vencer por 3 a 1 no Camp Nou, o Barça foi derrotado por 3 a 0 na Itália e acabou eliminado.

Em 2019, bateu os ingleses por 3 a 0 em casa e foi goleado por 4 a 0 em Liverpool, permitindo ao time de Jürgen Klopp que disputasse a decisão contra o Tottenham e ficasse com a taça.

"Precisamos ser mais confiáveis, não cometer erros tontos que cometemos e estamos cometendo durante o ano, não repetir o que aconteceu em Roma ou em Liverpool, quando nos desconectamos da partida. Na Champions, qualquer mínimo detalhe condena", afirmou Messi ao jornal Mundo Deportivo na semana passada.

Assim como o argentino, Cristiano Ronaldo também chega para o compromisso europeu depois de marcar no fim de semana. No milésimo jogo de sua carreira, o português anotou o primeiro da vitória da Juventus por 2 a 0 sobre a Spal, pelo Campeonato Italiano.

Já são 11 partidas consecutivas do camisa 7 marcando na liga local, uma marca que apenas dois outros jogadores conseguiram na história do futebol italiano (Batistuta em 1994/1995 e Quagliarella 2018/2019).

Na Champions League, porém, seus registros são tímidos não só nesta edição (2 gols), mas também contando a última temporada, sua primeira com a camisa da Juventus, na qual marcou em seis oportunidades.

Ronaldo não marcava menos de 10 gols no torneio desde 2010/2011. De lá para cá, foi o artilheiro da competição em seis edições, todas pelo Real Madrid –na de 2013/2014, fez 17, até hoje recorde na história da Champions.

​​Messi e o português registram números incomuns para as suas carreiras em uma temporada em que a corrida pelo prêmio de melhor do mundo está aberta. Dos últimos 12 prêmios, a dupla ficou com 11 (seis de Messi e cinco de Cristiano Ronaldo).

Já se sabe o peso da campanha na principal competição europeia para aumentar as cotações individuais na premiação da Fifa. Luka Modric, em 2018, foi campeão com o Real Madrid e interrompeu –ainda que momentaneamente— o reinado dos chamados "extraterrestres".

Em 2019, o título do Liverpool levou ao pódio um zagueiro, o holandês Virgil van Dijk, que ficou em segundo, atrás do argentino.

Quem brilha mesmo na atual edição da Champions é a dupla de artilheiros do torneio. O polonês Robert Lewandowski, do Bayern de Munique, tem 10 gols, assim como o norueguês Erling Haaland, também com 10, e que se tornou a sensação do futebol europeu neste início de 2020 com a camisa do Borussia Dortmund.

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