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Por medo de coronavírus, governo e jogadores pedem pausa no Italiano

Federação mantém competição a todo vapor, mas com portões fechados

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São Paulo | AFP e Reuters

Jogos do Campeonato Italiano foram e serão realizados sem torcida neste domingo (8), apesar de pedidos do governo italiano e do sindicato de jogadores para interromper o campeonato por causa da epidemia de coronavírus.

A partida entre Parma e SPAL no estádio Ennio Tardini, em Parma, que deveria começar às 8h30 no horário de Brasília, atrasou e teve início às 9h45, sem público.

Parma está localizada na região de Emília-Romanha, no norte da Itália, uma das mais afetadas pela epidemia de coronavírus. O jogo foi disputado com portas fechadas, seguindo um decreto do governo italiano que determinou que todas as competições esportivas sejam realizadas sem público até 3 de abril.

Vista geral de estádio vazio
Vista geral do estádio Allianz, em Turim, Itália, antes da partida sem torcida entre Juventus e Inter de Milão - Massimo Pinca/Reuters

Os outro quatro jogos programados para este domingo também estão confirmados, incluindo o clássico entre Juventus e Inter, que deve começar em Turim às 16h45, no horário de Brasília.

A manutenção das partidas contraria os pedidos do ministro do Esporte, Vincenzo Spadafora, que defendeu na manhã deste domingo a suspensão imediata da Série A.

“Não faz sentido agora, não suspender temporariamente o futebol, quando estamos pedindo aos cidadãos enormes sacrifícios para prevenir a propagação da epidemia, colocar em risco a vida de jogadores, árbitros e torcedores, que certamente se encontrarão para assistir aos jogos”, escreveu Spadafora no Facebook.

De acordo com o último balanço, a Itália é o maior foco de contágio do covid-19 fora da China, com 7.375 pessoas com o vírus e 366 mortes. O governo limitou viagens e confinou 16 milhões de pessoas no norte do país neste domingo (8).

A posição do ministro do Esporte se soma à de Damiano Tommasi, presidente do Sindicato dos Jogadores da Itália, que também defendeu a suspensão das partidas.

“Parar o futebol é a coisa mais útil para o nosso país hoje”, escreveu neste domingo (8) no Twitter.

“Existe um risco para os jogadores e devemos tomar todas as precauções para a segurança de quem joga: em campo, você certamente não pode ficar a um metro de distância [de outras pessoas].”

Na manhã deste sábado (7), Gabriele Gravina, presidente da Federação Italiana de Futebol, se recusou a descartar a suspensão da Série A caso um jogador apresente um teste positivo de coronavírus.

"Temos que ser realistas. O risco real existe e, nessas circunstâncias, tomaríamos todas as medidas necessárias para garantir a proteção de nossos atletas e depois consideraríamos o impacto que isso poderia ter nas competições esportivas", disse Gravina à Rai.

Quando perguntado se a liga poderia ser suspensa por completo, ele disse: "Não podemos descartar nada, mas também não devemos inventar hipóteses que não podemos prever".

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