Bicampeão olímpico, Serginho anuncia aposentadoria do vôlei aos 44

Ele foi um dos principais nomes da seleção neste século e jogou a última Superliga

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São Paulo

Quatro vezes medalhista olímpico, o líbero Serginho, 44, decidiu encerrar sua carreira de jogador de vôlei. A informação foi publicada inicialmente pelo Globoesporte.com e confirmada pela Folha.

Sérgio Dutra Santos defendeu a seleção brasileira por quase duas décadas e conquistou duas medalhas de ouro (Atenas-2004 e Rio-2016), além de duas de prata (Pequim-2008 e Londres-2012). Considerado um dos maiores líberos da história, já não atuava pela seleção desde os Jogos do Rio de Janeiro.

Serginho defendeu o Vôlei Ribeirão na última Superliga, e sua última partida foi na vitória por 3 a 2 sobre o Minas, dia 7 de março. O torneio teve que ser encerrado antes dos playoffs diante da pandemia de Covid-19.

“Hoje poder parar, para mim, é a melhor coisa do mundo. Poder encerrar a carreira e dizer que tudo valeu a pena”, disse Serginho em entrevista à Globo. “Cada manchete, cada peixinho, cada viagem, cada título ganho, cada título perdido. Meu choro hoje é de felicidade.”

Ele nasceu na cidade de Diamante do Norte, no Paraná, e se mudou com a família para São Paulo antes de completar um ano. Cresceu no bairro de Pirituba, periferia da cidade, e vendeu de geladinhos a água sanitária nas ruas, além de trabalhar como empacotador de supermercado.

O sonho de Serginho, torcedor do Corinthians, era ser jogador do futebol. Não conseguiu e, no vôlei, sempre escolheu a camisa 10 em homenagem ao seu ídolo Neto, ex-jogador do Corinthians e apresentador da TV Bandeirantes atualmente.

Serginho também tem o apelido de Escadinha, que recebeu pela semelhança física com um famoso traficante carioca. Ainda hoje é chamado por Escada pelos companheiros.

Ele disputou a sua primeira Superliga em 1998/1999, pela equipe SOS Computadores. Em 2001, estreou na seleção brasileira.

​​Além das conquistas olímpicas, o líbero, com a camisa 10 do Brasil, ganhou dois títulos mundiais (na Argentina em 2002 e no Japão em 2006), duas Copas do Mundo (ambas no Japão, em 2003 e 2007), além de sete vezes a Liga Mundial e a medalha de ouro no Pan-Americano do Rio de Janeiro.

Serginho defendeu o Corinthians, seu clube do coração, na Superliga - Zanone Fraissat 7.mar.2017/Folhapress

Em 2012, Serginho tinha anunciado que não vestiria mais a camisa da seleção após a derrota para a Rússia, de virada, na final dos Jogos de Londres. Voltou atrás três anos depois. No Rio, ele inclusive foi eleito o melhor jogador da competição.

No dia 4 de setembro de 2016, Serginho se despediu da camisa 10 do Brasil em amistoso contra Portugal, no estádio Mané Garrincha, em Brasília, que recebeu mais de 40 mil pessoas. Na ocasião, a seleção, ainda comandada pelo técnico Bernardinho, venceu os portugueses por 3 sets a 1.

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