Flamengo cobrará R$ 10 para ver semifinal em transmissão na internet

Sócios-torcedores não pagarão; na quarta (1º), clube exibiu jogo de graça na FlaTV

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

O Flamengo anunciou na noite desta sexta-feira (3) que irá cobrar R$ 10 para quem não for sócio-torcedor e quiser assistir à partida semifinal da Taça Rio (segungo turno do Estadual do Rio), contra o Volta Redonda, pela plataforma online MyCujoo, no domingo (5), às 16h.

Os ingressos virtuais para acompanhar a exibição do jogo, disputado com portões fechados por causa da pandemia de Covid-19, estarão à venda a partir das 10h deste sábado (4), no site do MyCujoo. Para quem está fora do Brasil, o acesso custará US$ 8 (R$ 42).

O vice-presidente de finanças do clube carioca, Rodrigo Tostes, deu a notícia durante uma transmissão da Fla TV, o canal da equipe na internet.

"Queria comunicar e, basicamente, pedir o apoio de todo mundo. O Flamengo precisa muito buscar e mostrar quanto vale o jogo dele. Precisa muito de novas receitas, encarar esse mundo digital com novas oportunidades. Então, vamos fazer esse jogo de domingo através da plataforma de streaming [Mycujoo]. Primeira vez que vamos fazer isso, acho que é um marco que pode levar a gente a outro patamar, em que nenhum outro clube do Brasil e do mundo pode chegar", afirmou Tostes.

"Vamos fazer a venda do jogo por apenas R$ 10 para que todos possam ver em casa. O ingresso desse jogo, no Maracanã, seria aproximadamente R$ 30, mas vamos cobrar R$ 10. Pedimos a colaboração de todos. Vamos fazer o streaming, fazer recorde e mostra quanto vale o Flamengo", completou.

O Flamengo comemorou na quinta-feira (2) o desempenho obtido com a transmissão da sua partida contra o Boavista, na quarta (1º).

O duelo, válido pela quinta rodada da Taça Rio (segundo turno da competição), foi exibido de forma gratuita no canal Fla TV em várias plataformas (YouTube, Facebook, Twitter e MyCujoo) e atingiu pico de 2,2 milhões de espectadores simultâneos, recorde para um jogo de futebol no streaming brasileiro.

O YouTube, com 2,1 milhões no pico, reuniu a maior parte da audiência. Somando todas as redes, foram mais de 14 milhões de visualizações ao longo do jogo.

O clube fez uso da Medida Provisória 984, publicada no Diário Oficial do último dia 18 e que dá ao time mandante a prerrogativa de comercializar seus direitos de transmissão. Até então, o texto da Lei Pelé previa que esse direito pertencia às duas partes envolvidas.

O fato levou a Globo a rescindir o contrato de transmissão do campeonato estadual do Rio de Janeiro na quinta-feira.

A emissora afirmou que foi quebrada a exclusividade que ela detinha na exibição dos jogos do torneio por ter contrato firmado com a federação (Ferj) e os outros 11 times da competição, à exceção do rubro-negro. O Flamengo foi o único que não assinou o acordo, porque entende que deveria receber mais que os rivais.

Ainda na quinta-feira, em sua live semanal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou a decisão do Flamengo de se fazer valer da Medida Provisória 984 para transmitir em seu canal na internet a partida contra o Boavista.

"Tinha uma televisão aí, que tinha o monopólio e pagava acho que R$ 500 mil, R$ 600 mil cada jogo. Então, o Flamengo ontem faturou, juntamente com o Boavista, mais de R$ 10 milhões transmitindo na internet. Então, parabéns ao Flamengo, parabéns ao presidente Jair Bolsonaro que assinou a medida provisória, dando aqui a carta de alforria, a liberdade para que os times de futebol, o mandante, negocie conforme ele quer vender o seu direito de imagem [de transmissão]", afirmou o presidente.

O Flamengo não confirmou os valores que arrecadou com patrocínio e contribuições espontâneas de torcedores durante a sua transmissão ao vivo, nem que os dividiu com o Boavista. Segundo o UOL, chegou perto de R$ 900 mil.

Com informações do UOL

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.