No vôlei do Flamengo, Bernardinho brinca com comparação a Jorge Jesus

Técnico bicampeão olímpico assume equipe rubro-negra após parceria com o Sesc

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São Paulo

O Flamengo e o Sesc-RJ oficializaram nesta sexta-feira (17) a parceria para o seu time feminino de vôlei, que disputará a próxima temporada das competições regionais e nacionais.

O treinador da nova equipe será Bernardinho, 60, dono de sete medalhas olímpicas (uma como jogador e seis como técnico, duas delas de ouro com a seleção masculina).

Na última temporada da Superliga, cancelada antes dos playoffs por causa da pandemia de Covid-19, o Sesc havia terminado a primeira fase na segunda posição, e o Flamengo, na décima, entre as 12 equipes participantes.

A disposição para investir neste momento, porém, é muito maior no clube rubro-negro do que no Sesc, e por isso a parceria acabou sendo um bom caminho para ambos.

Ao ser apresentado como treinador do novo time, o botafoguense Bernardinho brincou, ao fazer uma comparação entre o seu comportamento em quadra e o do técnico português Jorge Jesus, que comanda o futebol profissional do Flamengo.

Segundo o seis vezes medalhistas olímpico, Jesus o citou em uma entrevista a um jornal português no ano passado, fato que o deixou emocionado.

"Quem sabe poderei conviver com o Mister", afirmou, em referência ao apelido do português, pouco antes de sua saída para o Benfica ser noticiada.

"No ano passado, o Flamengo estava ganhando do Grêmio, se não me engano por 4 a 0, faltavam cinco minutos pra acabar o jogo, algum jogador fez uma besteira qualquer e o Mister então foi duro para cima dele. Os comentaristas: "poxa, isso sim é postura". Quando eu fazia [isso] eu era um destemperado", disse Bernardinho entre risadas.

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) trabalha na organização da temporada 2020/21 da Superliga, num momento em que o esporte nacional sente os efeitos da crise econômica na saída de jogadores para o exterior e na dificuldade para a manutenção das equipes.

"É um problema econômico do mundo. Os times estão em dificuldades, como vários mercados estão em dificuldades. Acho que a Superliga terá no minino 10 times, o que não acho ruim, e como sempre alguns vão ser mais fortes, outros médios e outros mais fracos, como em outras modalidades, mas teremos uma grande Superliga pela frente", afirmou Bernardinho.

Bernardinho aperta a mão de Queiroz, com Landim ao centro, todos de máscara e camisa do Flamengo
Bernardinho com Rodolfo Landim, presidente do Flamengo, e Antonio Florencio de Queiroz, presidente do conselho regional do Sesc RJ - Marcelo Cortes/Flamengo

As equipes Dentil/Praia Clube (RJ), Sesc RJ/Flamengo, Pinheiros (SP), Sesi Vôlei Bauru (SP), Curitiba Vôlei (PR), Fluminense (RJ), São Cristóvão Saúde Osasco Audax (SP), Barueri Vôlei (SP), São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP), Itambé/Minas (MG) e Brasília Vôlei (DF) participaram da última reunião da CBV.

Com diferentes nomes, a equipe de Bernardinho no Rio de Janeiro venceu dez edições da Superliga desde 2006. Na temporada 2018/19, pela primeira vez em 15 anos ficou fora de uma final da competição.

O projeto antecessor, comandado pelo treinador no Paraná, foi campeão duas vezes no fim do século 20. Já o último título do Flamengo na Superliga feminina foi na temporada 2000/01.

Agora, o clube rubro-negro fortalece seu vôlei feminino em meio ao bom momento vivido também pelo basquete masculino, campeão da última edição finalizada do NBB, em 2019. Para a próxima temporada, a equipe já anunciou reforços importantes, como o armador Yago e o pivô Rafael Hettsheimeir.

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