Palmeiras apoia MP dos direitos de transmissão e negociação coletiva

Em nota, agremiação afirma ser necessário amplo debate sobre o assunto

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São Paulo

Em nota divulgada nesta sexta (3), o Palmeiras afirma ser favorável à Medida Provisória 984, editada pelo governo federal no último dia 18 de junho. A nova legislação muda o formato da venda dos direitos de TV e dá ao clube mandante a prerrogativa de negociar as transmissões de suas partidas.

Pelo que determinava anteriormente a Lei Pelé, um jogo de futebol só poderia ser exibido com a anuência dos dois times participantes.

A primeira equipe a se beneficiar da MP foi o Flamengo, que exibiu em seu canal no YouTube e em outras plataformas o jogo contra o Boavista, pelo Estadual do Rio, na última quarta (1º). A partida teve pico de cerca de 2,2 milhões de visualizações.

O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, durante o lançamento do "160 Club" no Allianz Parque, em São Paulo.
O presidente do Palmeiras, Maurício Galiotte, durante o lançamento do "160 Club" no Allianz Parque, em São Paulo. - Mathilde Missioneiro-13.fev.20/Folhapress

"Entendemos que é o momento para uma discussão ampla sobre a legislação que rege o mercado de direitos de transmissão no país, visando proporcionar a abertura de mercado, maior atratividade para potenciais investidores e consequente valorização do produto, com ganhos para o futebol brasileiro", diz a nota do clube paulista.

O Palmeiras também apoia a negociação conjunta dos direitos de transmissão. Especialistas ouvidos pela Folha afirmam que essa é a fórmula usada nas principais ligas da Europa e pode maximizar os ganhos das agremiações.

O clube alviverde foi um dos últimos a acertar contrato com a Globo no ano passado pelos jogos da Campeonato Brasileiro na TV aberta.

O mandatário Mauricio Galiotte foi um dos dirigentes de oito clubes da Série A do Brasileiro que se reuniram com presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na última terça-feira, no Palácio do Planalto. As equipes, todas com contrato com a empresa Turner para TV fechada, relataram os problemas que têm enfrentado com a emissora.

As agremiações alegam que a Turner não tem feito os pagamentos devidos e busca uma maneira de rescindir o contrato (válido até 2024) sem pagar a multa. A empresa nega.

"O grupo dos clubes que possuem contrato com a Turner referente aos direitos de transmissão para a TV fechada, do qual o Palmeiras faz parte, está atuando no sentido de defender seus interesses perante a referida empresa de comunicação, os quais estão diretamente relacionados com os pontos elencados acima [investimentos e múltiplos competidores]", completa o clube na nota.

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