Com drama na volta final, o britânico Lewis Hamilton dominou o GP da Grã-Bretanha e conquistou neste domingo (2), em Silverstone, a sua terceira vitória consecutiva na temporada de F-1.
Apesar do domínio ao longo de toda corrida, um problema no pneu fez com que Hamilton arrastasse a Mercedes na volta final, permitindo uma aproximação perigosa do segundo colocado Max Verstappen. Porém, ele segurou a posição.
Com a vitória em casa, o piloto da Mercedes abriu vantagem na liderança do Mundial de Pilotos. Ainda sem a definição de quem ficou com o ponto extra pela volta mais rápida, Hamilton chegou aos 88 pontos, abrindo diferença para Bottas, que também teve problemas no final e perdeu a segunda colocação para Max Verstappen.
O finlandês chegou a tentar uma aproximação, mas em nenhum momento ameaçou de fato a liderança de Hamilton. No final, precisou entrar nos boxes, também por problemas nos pneus, e perdeu mais posições.
A corrida ficou marcada por poucas alterações nas primeiras posições ao longo da corrida. Depois de um começo agitado, com a entrada do safety car em duas oportunidades por acidentes com Kvyat e Magnussen, a segunda metade teve pouca ação na disputa do pelotão da frente, com emoções limitadas a posições intermediárias.
Escalado como substituto de Sergio Perez, diagnosticado com Covid-19, o alemão Nico Hülkenberg não conseguiu nem sequer realizar a largada no GP deste domingo. Um problema no carro da Racing Point impediu o retorno do piloto alemão ao grid neste fim de semana.
Antes do início da corrida, os pilotos fizeram nova manifestação contra o racismo. Todos vestiam uma camisa com as palavras "End Racism" (acabe com o racismo), exceto Lewis Hamilton, o único piloto negro na F-1, que usava uma roupa com o slogan "Black Lives Matter" (vidas negras importam).
Hamilton, campeão mundial por seis vezes, havia criticado os organizadores da F-1 e companheiros na principal modalidade do automobilismo por não se engajarem totalmente contra o racismo. Recentemente, ele lamentou que, durante o GP da Hungria há duas semanas, o ato antidiscriminação tenha sido feito às pressas, sem organização.
Após conversas entre os organizadores e o piloto francês Romain Grosjean, presidente da Associação de Pilotos do Grande Prêmio, foi decidido reservar alguns minutos antes do início da corrida deste domingo em Silverstone, como um gesto conjunto dos 20 pilotos.
Nem todos se ajoelharam, como já havia acontecido nos primeiros GPs da temporada. Alguns preferiram permanecer em pé durante o ato.
O movimento "Black Lives Matter" se espalhou por todo o mundo após a morte em maio passado de George Floyd, um cidadão negro de Minneapolis, assassinado durante uma abordagem de um policial branco.
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