Nova regra prevê expulsão para jogador que tossir de propósito em rival

Aprovada pela International Board nesta terça-feira (4), novidade já pode entrar em vigor

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São Paulo

A International Board aprovou nesta terça-feira (4) uma nova regra que prevê a expulsão de jogadores que tossirem de propósito em atletas rivais ou em árbitros e assistentes.

A determinação, que visa a diminuição do risco de contágio de Covid-19 dentro de campo, passa a fazer parte da punição a linguagem verbal ou gestual ofensiva, cabendo ao árbitro a avaliação sobre a intenção do atleta de tossir propositalmente ou não em um adversário.

Héctor Reynoso tossiu e assoou o nariz no atacante Sebastián Penco, na Libertadores de 2009
Héctor Reynoso tossiu e assoou o nariz no atacante Sebastián Penco, na Libertadores de 2009 - Reprodução

"Se [o ato de tossir] é claramente acidental, o árbitro não poderá agir, assim como se a tosse acontecer a uma distância segura de qualquer outro jogador. Mas se acontecer quando o jogador estiver perto o suficiente para ser claramente ofensivo, o árbitro poderá agir", disse a International Board.

O órgão, responsável por regulamentar as regras do jogo de futebol, pede aos árbitros que também lembrem os atletas de não cuspirem no chão.

A diretriz passa a valer desde já para todos os níveis do futebol, do amador ao profissional. A Federação Inglesa já anunciou que colocará a nova regra em prática para jogos de categorias de base e torneios amadores.

Na Copa Libertadores de 2009, disputada em meio à pandemia do H1N1, um episódio que envolveu uma tosse proposital para cima de um rival marcou a história daquela edição do torneio.

No confronto entre Chivas (MEX) e Everton (CHI), após uma disputa de bola pelo alto, o zagueiro mexicano Héctor Reynoso tossiu na direção do atacante Sebastián Penco, do Everton, e depois assoou o nariz para cima do centroavante. O México era o epicentro da doença.

Penco contou que todos os jogadores do Everton tomaram injeções contra a gripe após a partida contra os mexicanos.

"Foram as circunstâncias do jogo que me levaram a essa situação. Eu não estava doente, nem os meus companheiros. Apenas quis desconcentrar de alguma maneira o rival. Foi uma artimanha do futebol, como há tantas outras", contou Reynoso recentemente.

Na ocasião, o zagueiro foi expulso da competição (nos tribunais) e não poderia disputar o restante da Libertadores. O Chivas, sua equipe, havia se classificado para as oitavas de final.

Porém, os clubes mexicanos, diante da indefinição sobre a viabilidade de realização de partidas no país em razão da pandemia, pediram dispensa do torneio. Com a saída dos clubes do México, São Paulo e Nacional (URU) ganharam classificação automática para as quartas de final.

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