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Osaka e Azarenka buscam seu terceiro Grand Slam na final do US Open

Japonesa e Bielorrussa dominaram o circuito feminino na retomada do tênis

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Nova York | AFP

De um lado, Naomi Osaka e sua combatividade recuperada, agora impulsionada por seu papel como ativista, e do outro Victoria Azarenka e seu prazer no tênis após uma longa jornada: a final feminina do US Open promete ser tão emocionante quanto incerta.

A japonesa Osaka, 22, e a bielorussa Azarenka, 31, tentarão conquistar o terceiro título de Grand Slam de suas carreiras neste sábado (12), às 17h (com transmissão da ESPN e do SporTV), diante das arquibancadas vazias do estádio Arthur Ashe, em Nova York.

Em uma batalha entre uma estrela em ascensão e uma veterana rejuvenescida, Osaka pode reivindicar sua terceira conquista de Slam desde a vitória no US Open de 2018, enquanto para Azarenka seria a primeira desde 2013.

As duas ex-número 1 do mundo se enfrentariam em 29 de agosto na final do torneio Premier em Cincinnati, mas a japonesa desistiu antes do duelo devido a problemas físicos.

"Tenho certeza que desta vez poderemos jogar e será uma final incrível", disse Azarenka. "Ela é uma jogadora muito poderosa, uma grande campeã. Já ganhou dois [Slams]. Não estamos ambas procurando pelo terceiro? Vai ser divertido."

Osaka, atleta mais bem paga do mundo em 2019 e cujo alcance está crescendo rapidamente com a combinação de seu talentoso tênis e seu apoio ao movimento "Black Lives Matter", acredita que está mais bem preparada do que quando surpreendeu Serena Williams na tumultuada final do US Open de 2018.

"Sinto que minha mentalidade é muito diferente desta vez", disse Osaka depois de derrotar a americana Jennifer Brady na semifinal em três sets bem disputados. "Sinto que aprendi muito com meus altos e baixos. Eu diria que mentalmente me sinto mais forte."

A tenista, filha de pai haitiano e mãe japonesa e que vive nos EUA desde criança, foi a Nova York com sete máscaras com nomes de vítimas emblemáticas de violência contra negros. A intenção, que poderá cumprir, era mostrar uma em cada partida até a final.

Com grande parte do esporte americano mobilizado contra o racismo, a vencedora do Australian Open de 2019 fez sua parte recuperando Breonna Taylor, Elijah McClain, Ahmaud Arbery, Trayvon Martin, George Floyd e Philando Castile.

"Acho que é um grande fator de motivação para mim tentar fazer esses nomes conhecidos pelo maior número de pessoas que eu puder", declarou.

Azarenka chega à final cheia de confiança depois de virar o jogo contra sua rival de longa data e amiga Serena Williams.

Victoria Azarenka e Serena Williams se cumprimentam com um toque de raquetes após a partida
Victoria Azarenka e Serena Williams se cumprimentam com um toque de raquetes após a partida - Danielle Parhizkaran /USA TODAY Sports

A americana venceu-a em duas finais consecutivas do US Open, em 2012 e 2013, a última vez em que Azarenka esteve nesse nível em um Slam.

As derrotas para Serena ocorreram nos dois melhores anos da carreira bielorrussa, em que conquistou de forma consecutiva o Australian Open.

Então vieram anos muito difíceis. Lesões em 2014 e 2015 e, após sua maternidade em 2016, uma disputa pela custódia do filho que afetou seu retorno ao circuito.

Depois da pausa para o tênis devido ao coronavírus, quando poucos esperavam, Azarenka está surpreendendo em Nova York com um jogo e atitude renovados.

Invicta na retomada, a bielorrussa levantou o torneio de Cincinnati e chegou à final do US Open, onde, se derrotar Osaka, se tornará a quarta tenista a vencer um Grand Slam na era profissional do tênis depois de ter filhos. Kim Clijsters, Margaret Court e Evonne Goolagong o fizeram.

Questionada sobre as razões do seu renascimento desportivo, Azarenka disse que a maternidade trouxe-lhe uma filosofia de vida diferente, na qual pôde finalmente desfrutar do ténis porque ele já não é a sua prioridade.

Osaka e Azarenka, ambas de máscara, segurando troféus
Na final de Cincinnati, Osaka desistiu por lesão e as tenistas foram à quadra só para receber os troféus - Robert Deutsch - 29.ago.20/USA TODAY Sports
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