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Thiem e Zverev duelam no US Open por primeiro título de Grand Slam

Tenistas austríaco e alemão fazem final neste domingo em busca de feito inédito

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São Paulo | AFP

A final masculina, neste domingo (13), fechará o estranho e imprevisível US Open 2020, na maior quadra de tênis do mundo esvaziada pelo coronavírus, com um novo nome a entrar na história dos Grand Slams: Dominic Thiem ou Alexander Zverev.

Eles se enfrentam às 17h (de Brasília), com transmissão da ESPN e do SporTV.

O austríaco Thiem, segundo cabeça de chave no torneio, tornou-se o favorito após a desqualificação de Novak Djokovic, mas o alemão Zverev superou a lógica e os precedentes para se tornar o mais jovem finalista de um dos quatro principais torneios desde Djokovic em 2010, aos 23 anos.

"Quando Zverev está em seu jogo, ele é difícil de derrotar. Mas isso levou muito tempo nos últimos jogos", disse Boris Becker, o último vencedor alemão em Flushing Meadows, em 1989, ao Eurosport.

Se Zverev conseguiu virar um jogo no qual perdia por dois sets contra o espanhol Pablo Carreño Busta na sexta-feira, Thiem derrotou o russo Daniil Medvedev, terceiro cabeça de chave e finalista no US Open 2019, com muito mais facilidade do que o esperado, em três sets.

“Vou encarar esse jogo como os seis últimos. Desde que Djokovic deixou o torneio, sabíamos que haveria um novo vencedor do Grand Slam [...] Mas eu só me concentrei nos jogadores que ainda estavam na corrida. Agora só há Sascha [apelido de Zverev], vou me concentrar totalmente nele", disse Thiem.

Para o austríaco de 27 anos, será a quarta final de Grand Slam em sua carreira e a segunda consecutiva, depois de perder no Australian Open para Djokovic no início deste ano. Ele já havia perdido para Rafael Nadal em duas finais de Roland Garros, em 2018 e 2019.

Não importa quem triunfe neste domingo, o US Open 2020 terá o primeiro vencedor de Grand Slam nascido na década de 1990.

Uma lesão (Roger Federer foi operado no joelho), uma pandemia (Nadal preferiu ficar na Europa) e uma desqualificação difícil de imaginar (Djokovic acertou acidentalmente e fora de um ponto uma bolada na garganta da juíza de linha nas oitavas).

Esse conjunto de fatores foi fundamental para permitir que um jogador que não seja do grupo chamado de 'Big Three' levante um torneio do Grand Slam pela primeira vez desde que o suíço Stan Wawrinka fez isso no US Open de 2016.

Nem Thiem nem Zverev querem perder essa oportunidade. "É a maior meta e também o maior sonho da minha carreira no tênis", destacou o austríaco, que na sexta-feira brincou sobre o que faria se somasse mais uma derrota em decisões.

"Será tudo ou nada [...] Se eu vencer, terei minha primeira vitória, e se não, provavelmente terei que ligar para Andy Murray para descobrir como é ser 0-4", declarou Thiem em referência ao escocês, que perdeu todas as quatro primeiras finais de Slam que disputou antes de levantar o US Open de 2012.

A precisão e eficácia do seu jogo impressionaram nas primeiras cinco rodadas. Nas semifinais, ele conseguiu colocar pressão e nervos no lado de Medvedev e neutralizou seu poderoso saque.

Contra Zverev, ele também tem a favor seu recorde de 7 vitórias a 2, incluindo uma em quatro sets na semifinal do Australian Open 2020.

Para derrotar Zverev, com quem afirma ter uma "grande amizade e uma grande rivalidade", terá de interromper novamente um serviço poderoso. "Seu primeiro saque é um dos melhores que existem no momento. Ele é tão rápido, tão preciso. Esse será um ponto chave", disse.

O alemão tem sido muito menos sólido que Thiem em sua jornada até a final, nem sempre conseguindo aproveitar um saque capaz de lhe dar 24 pontos diretos contra Carreño Busta.

Zverev, sétimo no ranking, foi o primeiro da nova geração a desafiar os três gigantes, vencendo um Masters 1.000 contra Federer (Canadá) e outro contra Djokovic (Roma) e alcançando o terceiro lugar no ranking em 2017. Também ganhou o ATP Finals de 2018 ao superar Federer e Djokovic em sequência.

Nos Slams, porém, costumava falhar antes do esperado. Em Flushing Meadows, ele mostrou pela primeira vez uma força mental no mais alto nível, com a qual foi capaz de resolver suas grandes contas pendentes para chegar à inédita final.

“Ele é um jogador jovem, é normal que melhore naqueles aspectos que tendem a melhorar com o tempo e com as derrotas”, disse Carreño Busta sobre seu carrasco.

Confiante no retorno épico contra o espanhol, Zverev enfrenta uma final em que possivelmente tem menos a perder do que Thiem. "Eu tenho uma chance. Estou ansioso por isso", afirmou.

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