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Na Sul-Americana, São Paulo tenta encerrar sina contra argentinos

Equipe de Fernando Diniz visita nesta quarta (28) o Lanús, pela segunda fase

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São Paulo

A goleada de 5 a 1 sobre o Binacional (PER), na última rodada da fase de grupos da Copa Libertadores, não diminuiu a frustração do São Paulo pela eliminação precoce no torneio, mas pelo menos garantiu ao clube um prêmio de consolação: a vaga na Copa Sul-Americana.

Nesta quarta-feira (28), contra o Lanús (ARG), às 19h15 (Conmebol TV), na região metropolitana de Buenos Aires, a equipe do técnico Fernando Diniz estreia na competição, que dará aos tricolores uma nova chance de encerrar o jejum de oito anos sem títulos.

Em 2017, São Paulo caiu no Morumbi para o Defensa y Justicia, também na Sul-Americana
Em 2017, São Paulo caiu no Morumbi para o Defensa y Justicia, também na Sul-Americana - Ronny Santos - 11.mai.2017/Folhapress

Seu adversário nas oitavas de final não entra em campo por competições desde março, quando a pandemia paralisou o futebol argentino.

Cenário parecido com o enfrentado pelo River Plate (ARG), que foi ao Morumbi em setembro encarar os são-paulinos na Libertadores após seis meses de inatividade. O que se viu em campo, porém, foi um time extremamente organizado. O outro, dominado em sua própria casa, foi quem pareceu prejudicado pela falta de ritmo.

Semanas depois do empate em 2 a 2, o São Paulo foi à Argentina precisando vencer o River para seguir com vida no torneio continental. Perdeu por 2 a 1 e confirmou a eliminação, sua primeira na fase de grupos desde 1987.

Apesar de somar mais um fracasso recente à lista de participações ruins em torneios de mata-mata, há de se considerar que os comandados de Fernando Diniz caíram para um clube que, de 2015 para cá, chegou em três finais de Copa Libertadores e venceu duas.

O fiel da balança foi perder para o Binacional na estreia, no Peru, os únicos três pontos que os peruanos fizeram em toda a campanha.

Ser derrotado pelo time de Marcelo Gallardo não deveria ser considerado um vexame. O que preocupa é o histórico recente do São Paulo contra adversários que, ao contrário do River, não estão no primeiro escalão do futebol argentino.

No ano passado, o clube do Morumbi foi eliminado da Libertadores ainda na segunda fase qualificatória da competição pelo Talleres (ARG).

A equipe de Córdoba nunca foi campeã argentina e seu principal título foi a Copa Conmebol de 1999, vencida sobre o CSA, de Alagoas.

O empate sem gols no Morumbi depois da derrota por 2 a 0, na Argentina, custou aos são-paulinos a continuidade no torneio e o emprego do treinador André Jardine, demitido do cargo.

Antes da queda para o Talleres, outros dois argentinos com menos tradição em competições internacionais aprontaram para cima do São Paulo, ambos na Sul-Americana.

Na edição de 2017 do torneio, o clube encarou na primeira fase o Defensa y Justicia (ARG), então comandado por Sebastián Beccacece, que por muitos anos foi auxiliar de Jorge Sampaoli.

A equipe de Rogério Ceni, então técnico tricolor, empatou sem gols na Argentina e precisava apenas de uma vitória simples no Morumbi para garantir a classificação. Na partida de volta, Thiago Mendes abriu o placar com cinco minutos de jogo, mas Castellani empatou logo na sequência, e, com o placar finalizado em 1 a 1, o São Paulo se despediu da competição.

Em 2018, também na Copa Sul-Americana, o time paulista, sob o comando de Diego Aguirre, enfrentou o Colón (ARG) pela segunda fase. Assim como o Defensa y Justicia, o clube de Santa Fe, fundado em 1905, nunca foi campeão argentino.

O primeiro jogo, disputado no Morumbi, terminou com vitória dos argentinos por 1 a 0. Foi a primeira vez que o São Paulo perdeu para uma equipe do país jogando em seu estádio por torneios da Conmebol.

Na volta, em Santa Fe, os são-paulinos buscaram reverter a série e venceram os donos da casa por 1 a 0, gol de Liziero. A decisão foi para os pênaltis, e Bruno Alves desperdiçou para o time tricolor. Os argentinos acertaram as cinco cobranças e eliminaram o São Paulo.

O Lanús, ainda que não seja um River Plate, é mais copeiro do que seus pares Defensa y Justicia e Colón. Nos últimos anos, o clube da região metropolitana de Buenos Aires conquistou a Copa Sul-Americana (2013) e se sagrou campeão argentino (2016), além do vice na Libertadores de 2017, para o Grêmio.

Mais do que se preocupar com o adversário, o São Paulo precisa provar novamente a sua força em jogos continentais. Nesta quarta, no estádio La Fortaleza, terá a oportunidade de recuperar parte de sua mística internacional.

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