Descrição de chapéu Maradona (1960-2020)

Maradona será velado na Casa Rosada; expectativa é de 1 milhão de pessoas

Presidente Alberto Fernández decreta luto oficial de três dias no país

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Buenos Aires

O presidente argentino, Alberto Fernández, decretou três dias de luto no país logo após ser confirmada a morte do ex-jogador Diego Armando Maradona, nesta quarta-feira (25).

O velório está previsto para começar na manhã desta quinta, na Casa Rosada, sede da presidência, em Buenos Aires, aberto ao público. Em meio à pandemia da Covid-19, são esperadas mais de 1 milhão de pessoas, de acordo com a imprensa argentina.

Fernández também publicou uma foto dos dois abraçados, com a mensagem: "Você nos levou ao mais alto do mundo. Você nos fez imensamente felizes. Você foi o maior de todos. Obrigada por ter existido, Diego. Vamos sentir sua falta o resto da vida."

A vice-presidente Cristina Kirchner também fez uma publicação nas redes sociais. "Muita tristeza, partiu um grande. Até sempre Diego, te amamos muito. Um abraço enorme a seus familiares e seres queridos."

Na televisão, Fernández lembrou das controvérsias da carreira do ex-jogador e disse que ele viveu como pôde.

"Diego vai ser um desses personagens que jamais morrem. Foi um homem imenso. Um argentino imenso. O que podemos recriminar nele? Nos encheu de glória e alegria", declarou.

A morte de Maradona foi confirmada no início da tarde desta quarta-feira (25) por seu advogado, após o jornal argentino Clarín divulgar a informação. O argentino tinha 60 anos e sofreu uma parada cardiorrespiratória em casa.

O ídolo argentino foi internado em Buenos Aires no começo do mês. Maradona passou por uma cirurgia de emergência para um hematoma subdural, um coágulo de sangue no cérebro. O hematoma do lado esquerdo da cabeça teria se formado por causa de uma queda do banco do Gimnasia, time que treinava, ou praticando boxe, um de seus passatempos.

Depois do procedimento, por decisão familiar e médica, Maradona permaneceu hospitalizado devido a uma “baixa anímica, anemia e desidratação” e um quadro de abstinência devido ao vício em álcool, segundo informes médicos.

Ele deixou o hospital no último dia 11, oito dias após a cirurgia, para se recuperar em casa.

De acordo com o promotor John Broyard, Maradona morreu por volta do meio-dia. "A polícia científica chegou às 16h e realizou seu trabalho. Não foram encontrados sinais de violência, porém, o corpo foi levado para uma autópsia no necrotério de San Fernando [região metropolitana de Buenos Aires). Apenas depois desse procedimento, será liberado para o velório", disse.

O procedimento terminou por volta de 22h. No mesmo horário era possível ouvir gritos de "Diego" e aplausos por toda a cidade de Buenos Aires, além de fogos de artifício lançados por torcedores e pelos clubes de futebol da capital.

Na sequência, o corpo foi encaminhado para o estádio Diego Armando Maradona, do Argentinos Juniors –seu primeiro clube–, de onde deve seguir posteriormente para a Casa Rosada, local do velório. Ao longo da estrada, em cima das passarelas, pessoas se aproximavam da via para dar adeus ao ídolo.

A presença de fãs do ex-jogador no entorno da sede do time cresceu tanto ao longo do dia que a direção do clube pediu autorização ao governo nacional para abrir suas portas. Com isso, a torcida voltou a encher as arquibancadas –os jogos estão sendo disputados sem público por conta da pandemia–, aos gritos de "Maradona é a Argentina" e "Diego não morreu".

Nas proximidades do estádio do Boca Juniors também houve aglomerações. Além dos cânticos e bares abertos, altares com velas e fotos foram montados por torcedores.

A morte do ídolo foi lamentada por esportistas, políticos e celebridades do mundo inteiro.​

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