Público do Australian Open pode ver jogos sem máscara; saiba regras

Controle da pandemia na Austrália dá mais liberdade a espectadores do Grand Slam

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São Paulo

Com o início do Australian Open, primeiro Grand Slam da temporada 2021 do tênis, nesta segunda-feira (8), chamaram a atenção imagens de espectadores sem máscara assistindo às partidas nas quadras do Melbourne Park.

Por mais que as cenas surpreendam, não há descumprimento de protocolo, pelo menos a princípio. Isso porque, segundo as regras do estado de Victoria, onde está localizada a cidade de Melbourne, no sul do país, o uso de máscara não é obrigatório em arenas esportivas ao ar livre quando as pessoas estão sentadas.

Até 30 mil visitantes são esperados por dia no complexo, cerca de 50% da presença normal dos últimos anos.

Como o torneio é realizado também em três arenas com teto retrátil (Rod Laver, John Cain e Margaret Court), a máscara passa a ser obrigatória a todo momento caso a cobertura seja fechada, o que acontece a depender das variações climáticas. O mesmo vale para os juízes envolvidos nas partidas.

Já nos momentos de circulação dentro das arenas e nos outros ambientes do complexo (divididos em três zonas com acessos diferentes, para limitar a movimentação), os espectadores também precisam usar a proteção facial. Portanto, ninguém pode se dar ao direito de sair de casa sem o objeto.

Na última quarta-feira (3), após a divulgação do caso de Covid-19 de um funcionário de um hotel que abrigou tenistas em quarentena, o governo de Victoria tornou obrigatório o uso de máscara em ambientes fechados. Até então, a regra era menos rígida.

Público assiste a jogo da primeira rodada do Australian Open
Público assiste a jogo da primeira rodada do Australian Open - Jaimi Joy/Reuters

O site com orientações de saúde do governo australiano afirma que, em locais com baixa transmissão comunitária de Covid-19 (quando não é possível identificar a origem do vírus), o uso de máscara geralmente não é orientado. Mas que, se houver significativa transmissão comunitária, poderá ser recomendado ou até obrigatório.

O texto trata o objeto como proteção extra, que não exclui outras orientações de segurança, como manter distância física de 1,5 metro, praticar higiene das mãos e respiratória, evitar reuniões em espaços internos e ficar em casa se não estiver bem.

"O principal valor de usar uma máscara é proteger outras pessoas. Se a pessoa que usa a máscara estiver infectada sem saber, reduzirá a chance de transmitir o vírus a outras pessoas", diz a página.

Atualmente há apenas dois casos de transmissão comunitária ativos no estado de Victoria (o mais densamente povoado da Austrália). Essas pessoas foram identificadas e estão em isolamento. Outros 18 casos ativos são de viajantes que chegaram ao país, receberam diagnóstico positivo e também foram isolados.

A Austrália tem conseguido manter o coronavírus sob controle com suas medidas restritivas. Os números totais desde o início da pandemia são de 28.857 casos da doença e 909 mortes.

É por isso que a movimentação gerada pelo torneio preocupa autoridades locais e a população australiana.

Ao chegarem ao país para o Australian Open, todos os tenistas passaram por duas semanas de quarentena. Para 72 deles, que viajaram em voos com pessoas infectadas, ela foi total, e os atletas não puderam nem sair do quarto do hotel por 14 dias.

A maioria teve direito a cinco horas diárias fora das acomodações para treinos em quadra, físicos e alimentação, tudo sob controle.

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