Artilheiro do São Paulo, Luciano busca refinar faro goleador com Crespo

Atacante comanda ataque são-paulino contra o Novorizontino neste sábado, pelo Paulista

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São Paulo

Quando Luciano, 27, olha para o banco de reservas do estádio do Morumbi, ele não vê somente um treinador à beira do campo. Enxerga, apesar dos cabelos brancos e do blazer, um ex-atleta que já foi referência na sua posição.

Seu técnico, o argentino Hernán Crespo, balançou as redes em finais de Copa da Uefa e de Champions League. Centroavante de carreira sólida na Europa, é o quarto maior goleador da seleção argentina em toda a história e conquistou títulos por onde passou –River Plate, Parma, Inter de Milão, Chelsea.

Currículo e experiência que servem de modelo para Luciano. E uma fonte permanente de consulta para que o atacante tricolor, artilheiro do último Campeonato Brasileiro pelo São Paulo com 18 gols, continue em busca de evolução na arte de superar os goleiros adversários.

"Crespo foi um monstro no futebol, na seleção argentina. Dentro da área, então, nem se fala. Matador, goleador, jogava muito. Vou pedir conselhos para ele sim, já temos conversado sobre isso, e pegar conselhos de um cara que já jogou e sabe das coisas com certeza será muito bom para a minha carreira", diz o camisa 11, em entrevista à Folha.

Neste sábado (13), contra o Novorizontino, em Novo Horizonte, o São Paulo mira sua terceira vitória consecutiva no Campeonato Paulista. O jogo, válido pela quarta rodada do estadual, começa às 16h30 e terá transmissão do Premiere. Será o último antes da suspensão anunciada pelo governo do estado, que vai do dia 15 ao 30 deste mês.

Fazia quase duas décadas que o clube não registrava um artilheiro de Campeonato Brasileiro. O último havia sido Luis Fabiano, em 2002, com 19 gols naquela edição do torneio.

A chegada de Luciano ao Morumbi foi um dos encaixes que permitiu à equipe brigar pelo título nacional na temporada passada. Encostado no Grêmio, foi contratado a pedido do técnico Fernando Diniz, com quem tinha trabalhado no Fluminense. A troca pelo meia-atacante Everton foi bastante benéfica ao São Paulo.

O camisa 11 rapidamente se adaptou ao novo ambiente e, ao lado de Brenner no comando do ataque, fez o torcedor sonhar com a conquista do Brasileiro. Mas a derrocada na reta final da competição transformou em decepção uma campanha que sinalizava um encerramento glorioso.

Apesar da queda para o quarto lugar, que terminou garantindo ao menos uma vaga direta na fase de grupos da Libertadores, Luciano foi poupado das críticas pela perda do campeonato e encerrou a temporada como uma das poucas notícias positivas do clube.

Já Fernando Diniz, o treinador que levou o São Paulo à liderança momentânea, foi demitido depois que o clube cedeu a primeira posição na tabela, ainda antes de terminado o Nacional.

"O São Paulo me deu toda estrutura possível, tanto taticamente quanto tecnicamente. O Diniz já conhecia meu trabalho e eu o dele, o que facilita o processo. Ele é um dos caras que mais respeito e admiro no futebol, um profissional como poucos", diz Luciano, agradecido ao técnico pela oportunidade de trabalharem juntos.

Luciano comemora um dos 18 gols que anotou no último Campeonato Brasileiro
Luciano comemora um dos 18 gols que anotou no último Campeonato Brasileiro - Miguel Schincariol - 14.nov.2020/São Paulo FC

"Como funcionário, respeito a decisão da direção do São Paulo [pela demissão], pois sei que as pessoas que lá estão pensam no melhor para o clube, mas meu carinho e admiração pelo amigo Diniz vai seguir sempre."

Na atual temporada, Luciano terá a oportunidade de enfim disputar a Copa Libertadores pelo clube. Algo que ele não pôde fazer em 2020.

Com uma suspensão que herdou da passagem pelo Grêmio, o jogador, que chegou em agosto ao Morumbi, não pôde atuar pelo tricolor paulista na competição e assistiu de fora à eliminação precoce dos são-paulinos na fase de grupos.

Agora, o atacante quer ser protagonista do São Paulo também no torneio continental e, quem sabe, conquistar o título da Libertadores. Assim como fez seu técnico, especialista da grande área, em 1996.

Campeão com o River Plate daquela edição do torneio, Hernán Crespo marcou os dois gols da vitória por 2 a 0 sobre o América de Cali (COL) na final e eternizou seu na história do clube argentino.

"Enxergo [a disputa da Libertadores] com uma expectativa muito boa. Vamos em busca dos nossos objetivos que temos para essa temporada, e a Libertadores é um deles. Espero que a gente tenha sucesso, porque o torcedor são-paulino merece", completa Luciano.

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