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Vitória de Verstappen e recuperação de Hamilton indicam equilíbrio na F1

Holandês vence GP tumultuado e com erro do heptacampeão em Ímola

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São Paulo

Há três semanas, Max Verstappen foi o pole no GP do Bahrein, mas Lewis Hamilton foi quem terminou em primeiro na corrida. Neste domingo (18), os papéis se inverteram e foi o holandês que comemorou a vitória no GP da Emilia Romagna, em Ímola, e o britânico cruzou em segundo.

Na classificação, o piloto da Mercedes lidera por apenas um ponto (44 a 43) graças à pontuação extra conquistada na Itália por ter feito a melhor volta da prova.

Passadas as duas primeiras etapas da F1, os dois confirmam as expectativas criadas na pré-temporada, de que a categoria voltaria a ter um acirrado duelo pelo título, como há tempos não se via.

"Nas condições difíceis, fizemos um bom trabalho. Estou muito feliz com isso", festejou Verstappen. "Mas é uma longa temporada. Vamos ter calma."

Max Verstappen durante o GP de Emilia Romagna
Max Verstappen durante o GP de Emilia Romagna - Miguel Medina/AFP

Com carros em condições distintas, cada um com uma vantagem, sendo a Red Bull mais rápida, enquanto a Mercedes tem melhor ritmo de prova, a atuação individual dos pilotos foi determinante em cada etapa.

Se no Bahrein Verstappen deixou escapar a vitória por cometer um erro nas voltas finais, na Itália foi a vez de Hamilton também vacilar, ao tentar ultrapassar um retardatário.

O heptacampeão perdeu o controle do carro, saiu da pista e foi parar na grama. Ele precisou dar marcha ré para voltar ao traçado, mas antes já havia danificado a sua Mercedes.

A necessidade de ir aos boxes só não o fez perder mais tempo na corrida porque na mesma volta, um pouco atrás, seu companheiro de equipe, Valteri Bottas, envolveu-se num acidente com o britânico George Russell, da Williams. O choque provocou uma bandeira vermelha.

Quando a prova foi reiniciada, Hamilton partiu da nona posição e conseguiu chegar ao segundo lugar. Ele ficou feliz com a recuperação, mas reconheceu o erro.

"Havia apenas um fino traçado seco na pista, e acho que estava com pressa para ultrapassar todo mundo. Fui por dentro e podia ver que estava molhado, tentei parar, mas não consegui e saí da pista", disse. "Foi a primeira vez que cometi um erro em muito tempo", admitiu.

Lando Norris, da McLaren, completou o pódio, em terceiro. Ele também é o terceiro no Mundial de Pilotos, com 27 pontos, seguido de perto por Charles Leclerc, da Ferrari, o quarto, com 20.

Tanto a escuderia italiana como a McLaren deram provas neste domingo de que têm condições de seguir brigando por pódios ao longo do ano e roubar pontos de Hamilton e Verstappen, ainda que em condições normais os carros da Mercedes e da Red Bull sejam mais rápidos.

Ficou evidente até aqui que esta não será uma temporada dominada por uma só equipe, como ocorreu nos últimos sete anos. Nesse período, a Mercedes levou todos os títulos de construtores e de pilotos, sendo seis de Lewis Hamilton e um do alemão Nico Rosberg.

O britânico, enfim, também voltou a ter um adversário com reais condições de desafiar sua hegemonia. O último que conseguiu isso foi justamente Rosberg, mas ele deixou a F1 logo após ser campeão, em 2016.

Nas últimas quatro temporadas, Hamilton correu vendo os adversários, quase sempre, pelo retrovisor. Nem Bottas, com o mesmo carro, conseguia andar no ritmo do heptacampeão mundial.

Vice-campeão em 2020, o finlandês subiu ao pódio no Bahrein, ao ficar em terceiro, mas fazia uma corrida fraca neste domingo, quando foi tocado por Russell. A disputa entre eles valia apenas a oitava colocação.

Para a sorte da Mercedes, Sergio Pérez terminou fora da zona de pontuação, em 12º, depois de rodar nas voltas finais. Assim, a escuderia alemã se manteve na liderança do Mundial de Construtores, com 60 pontos, contra 53 somados pela Red Bull.

Na próxima etapa, o GP de Portugal, em 2 de maio, os pilotos devem encontrar temperaturas mais altas e com menos possibilidade de chuva. Será mais uma oportunidade para ver o comportamento dos carros num cenário diferente do tempo chuvoso da Itália ou do clima extremamente seco do Bahrein.​

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