A temporada impressionante realizada pelo time masculino de basquete do Flamengo foi concluída de maneira apropriada na noite de quinta-feira (27). A formação carioca derrotou o São Paulo por 93 a 85, no Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e fechou em 3 jogos a 0 a decisão do NBB (Novo Basquete Brasil).
A série final foi bem mais dura do que pode indicar o placar geral do confronto –as duas primeiras partidas, definidas na última bola, terminaram em 96 a 93 e 82 a 81–, mas há números que não deixam dúvida a respeito do domínio rubro-negro. A equipe da Gávea conquistou tudo o que disputou no ciclo 2020/21 e teve uma campanha histórica no campeonato nacional.
Foram 28 vitórias em 30 partidas na fase de classificação –com tropeços apenas diante do próprio São Paulo e do Corinthians. Nos mata-matas, o Flamengo venceu todos os seus oito duelos, passando pelo Mogi nas quartas de final (2 a 0) e pelo Paulistano nas semifinais (3 a 0) antes de conseguir mais uma “varrida”, a série eliminatória sem derrota.
O aproveitamento final de 94,7% é o maior registrado na história do NBB, como passou a ser chamado o campeonato brasileiro desde sua reorganização, em 2008. O clube vermelho e preto, que já havia levantado o troféu da competição em 2009, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2019, agora é heptacampeão.
"Fizemos um excelente trabalho nesta temporada. Talvez seja a melhor que eu tive no Flamengo", afirmou o pivô Olivinha, 38, que está na equipe desde 2012 e agora coleciona seis medalhas de vencedor do NBB. "São 34 vitórias consecutivas. Em 2021, a gente não perdeu. O que a gente fez é para ser lembrado por bastante tempo."
O triunfo derradeiro coroou o elogiado trabalho do jovem treinador Gustavo de Conti, 41, que também levou o time aos títulos do Estadual do Rio de Janeiro, da Copa Super 8 e da Champions League das Américas. No NBB, ele teve de duelar pela taça com o experientíssimo Claudio Mortari, 73, figura marcante do basquetebol brasileiro e atual comandante do São Paulo.
Para superar Mortari e a boa equipe tricolor –que teve ótimas contribuições do armador Georginho, 25, e do pivô Lucas Mariano, 27–, De Conti soube administrar um elenco que mescla juventude e experiência. A mistura é resumida nos dois principais jogadores, o armador Yago, 22, e o ala Marquinhos, 36.
O mais velho apresentou a regularidade de sempre, que ainda faz dele um integrante da seleção brasileira. O mais novo assumiu a responsabilidade na ausência do argentino Franco Balbi, 31, que sofreu uma grave lesão no joelho e abriu espaço para o garoto exibir seu talento na condução do ataque.
Yago foi eleito o melhor jogador da partida nas duas suadas vitórias que deram vantagem ao Flamengo na final. No terceiro confronto, Marquinhos foi decisivo, com 17 pontos e cinco assistências. Todos os jogos da decisão foram no Maracanãzinho, sem público, como foi sem público a realização de todo o campeonato em meio à pandemia do novo coronavírus.
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.