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Pai de Neymar afirma que filho não cometeu ataque sexual e diz que Nike faz chantagem

Contrato da empresa com atacante teria sido rompido após denúncia de funcionária

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São Paulo

O pai do atacante Neymar defendeu o filho da acusação de suposto ataque sexual contra uma funcionária da Nike.

De acordo com o The Wall Street Journal, o jogador do Paris Saint-Germain (FRA) teve seu contrato rompido com a empresa de material esportivo, em agosto do ano passado, em meio a uma investigação sobre o caso, após uma funcionária da Nike acusar o atleta de ter tentado forçá-la a praticar sexo oral, o que é negado por Neymar.

Fontes próximas ao jogador disseram à Folha que a acusação já era conhecida por ele e seu pai. Foi por orientação de advogados contratados pelo atleta que ele decidiu se recusar a colaborar com a investigação.

"Como pode sair uma notícia dessa? Concorda comigo? Fomos supreendidos por algo que aconteceu em 2016, que ninguém lembrava mais desse fato. É muito estranho tudo isso agora. O Neymar nem conhece essa moça, claro que isso partiu da Nike depois da nossa saída", disse o pai do atleta, nervoso no telefone, à Folha.

"Muito estranho, todos saem da Nike e são acusados assim. Muito estranho, isso aconteceu com o Cristiano Ronaldo, com o cara lá do basquete que morreu, o Kobe [Bryant], eles passam a ser denegridos, como o Neymar está sendo acusado falsamente agora. Se a Nike quer chantagem, armação, vamos para cima da Nike então", completou.

A funcionária relatou o suposto incidente a amigos e colegas em 2016. De acordo com documentos obtidos pelo jornal norte-americano, ela protocolou uma reclamação formal em 2018, que passou a ser investigada pela empresa.

A Nike explicou, segundo o jornal, que Neymar não cooperou com essa investigação e por isso teve o contrato encerrado.

O atacante Neymar posa com seu pai no seu instituto, localizado na Praia Grande
O atacante Neymar posa com seu pai no seu instituto, localizado na Praia Grande - Divulgação - 6.jun.2019/Instituto Neymar Jr

A funcionária, que não teve a identidade revelada, afirma que o caso se deu em junho de 2016, quando o atacante esteve em Nova York para uma campanha publicitária com a participação de Michael Jordan. Segundo ela, foi no hotel em que estava hospedado o jogador que ocorreu o ataque sexual.

De acordo com os documentos obtidos por The Wall Street Journal, a Nike contratou advogados da firma Cooley LLP para conduzir uma investigação a partir de 2019 e deixou de usar a imagem do brasileiro em novas campanhas. Como não teria havido cooperação do jogador, a empresa encerrou o contrato e suspendeu a investigação.

Em setembro de 2020, um mês após o rompimento do contrato de patrocínio com a Nike, Neymar anunciou acordo com a Puma.

A Folha procurou a empresa norte-americana, mas não obteve retorno até a publicação deste texto.

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