Descrição de chapéu Tóquio 2020

Bia e Suelen são bronze no Mundial de judô, mas uma vai ficar fora de Tóquio

A decisão será dos técnicos da seleção brasileira, já que cada país só pode ter um atleta por categoria

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Demétrio Vecchiolli
São Paulo | UOL

O judô brasileiro viveu dois momentos históricos neste sábado (12), um atrás do outro. Primeiro Beatriz Souza venceu a francesa Julia Toloufa por imobilização e ganhou a sua primeira medalha em Campeonatos Mundiais adultos, aos 23 anos.

Depois, Maria Suelen Altheman também faturou o bronze, derrubando Idalys Ortiz, de Cuba, na primeira vitória sobre sua arquirrival depois de incríveis 17 derrotas em 17 lutas, no que era uma das maiores freguesias do esporte mundial. Só em Mundiais Ortiz já havia vencido quatro vezes, sendo duas em finais e outras duas em semifinais.

Tanto Suelen quanto Bia são da categoria peso pesado e a Olimpíada só permite a inscrição de um atleta por país por categoria, o que significa que uma delas será convocada para Tóquio, e a outra não. A decisão será dos técnicos da seleção brasileira, que deverão se reunir tão logo termine o Mundial, neste domingo (13), para tomar essa decisão.

Maria Suelen Altheman, a técnica Rosicleia Campos e Beatriz Souza com as medalhas do Mundial
Maria Suelen Altheman, a técnica Rosicleia Campos e Beatriz Souza com as medalhas do Mundial - Lara Monsores/CBJ

No masculino também existia certo equilíbrio entre Rafael Silva e David Moura. Mas David perdeu logo na segunda luta, nas oitavas de final, terminando em nono, enquanto Baby foi até a disputa pelo bronze, acabou derrotado e ficou em quinto. Pelo Instagram, David parabenizou o rival pela vaga olímpica, uma vez que a diferença entre eles no ranking, que já é de mais de 700 pontos, vai aumentar.

No feminino será uma escolha duríssima. Suelen tem vantagem de menos de 500 pontos no ranking mundial, mas por causa da primeira fase da corrida olímpica, que considerou o primeiro semestre de 2018 e o segundo semestre de 2019, quando Bia ainda estava chegando à categoria adulta.

Considerando as competições mais recentes, o equilíbrio é impressionante. Ambas foram quintas colocadas no Mundial de 2020 e se igualaram em bronze no torneio de 2021. Cada uma ganhou um Campeonato Pan-Americano. A diferença é que, nos quatro Grand Slams desde a volta das competições em meio à pandemia, Bia faturou uma prata e três bronzes, enquanto Suelen ganhou quatro bronzes. Nos confrontos recentes entre elas na retomada das competições, uma vitória para cada.

Judocas frente a frente em combate
Maria Suelen (à esq.) e Beatriz Souza em luta no Grand Slam de Brasília, em 2019 - Abelardo Mendes Jr - 8.out.19/ rededoesporte.gov.br

Assim, vai caber à comissão técnica definir quais critérios são mais relevantes. A experiência de Maria Suelen, de 32 anos, que já tinha duas pratas em Mundiais, foi a duas Olimpíadas e mostrou evolução ao finalmente vencer Ortiz, ou a juventude de Bia, de 23, que vem numa crescente depois de ganhar três medalhas em Mundiais de base, no cadete e no júnior.

Entre os homens a vaga parece justa para Baby, que já tem dois bronzes olímpicos e vai em busca da terceira medalha. Aos 34 anos, ele foi prata em dois dos três Grand Slams que disputou no ano e ganhou o Campeonato Pan-Americano. No Mundial, caiu na semifinal para o japonês Kokoro Kageura, e na disputa do bronze para o holandês Roy Meyer.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.