Descrição de chapéu Tóquio 2020

Brasil vence Polônia de virada e conquista título inédito da Liga das Nações

Seleção masculina de vôlei saiu atrás, mas reagiu com grandes atuações de Leal e Wallace

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São Paulo

Com atuação consistente e os destaques individuais de Leal e Wallace, a seleção brasileira masculina de vôlei venceu a Polônia por 3 sets a 1 (22/25, 25/23, 25/16 e 25/14) neste domingo (27), em Rimini, na Itália, e conquistou o título inédito da Liga das Nações.

A vitória diante de uma das principais potências do vôlei reforça ainda mais o status de favorito do Brasil por uma medalha de ouro nos Jogos de Tóquio.

O técnico Renan Dal Zotto, que está em recuperação no Brasil após superar quadro grave de Covid-19, anunciou horas depois da conquista os 12 atletas que vão à Olimpíada. O time embarcará para o Japão no dia 12 de julho e estreará no dia 23 contra a Tunísia. Na sequência, enfrentará Argentina (dia 26), Rússia (28), Estados Unidos (dia 29) e França (dia 31).

Na festa do título em Rimini, integrantes da comissão técnica exibiam foto de Renan e camisa como o nome do técnico.

Brasil e Polônia decidiram as duas últimas edições do Mundial, em 2014 e 2018, e os europeus levaram a melhor. Na Liga das Nações de 2019, os brasileiros voltaram a ser derrotados na briga pelo terceiro lugar. Na Copa do Mundo daquele ano, foi a vez de a seleção brasileira superar os poloneses na final.

Em entrevista recente à Folha, Dal Zotto apontou a Polônia como uma das principais candidatas na briga por medalha olímpica ao lado de Estados Unidos, Rússia, França e Itália.

Neste domingo, Carlos Schwanke, auxiliar de Renan, começou com Bruninho, Wallace, Lucarelli, Leal, Maurício Souza, Lucão e o líbero Thales. A novidade em relação ao time que passou pela França na semifinal foi a entrada de Lucão no lugar de Isac, que sentiu dores no pé.

Ao entrar na quadra, Lucarelli cruzou os braços em referência a Wakanda Forever, símbolo do personagem Pantera Negra.

A partida começou equilibrada e com os dois times sacando muito bem, além das atuações inspiradas do oposto Kurek, da Polônia, e do ponteiro Leal, cubano naturalizado no Brasil.

A seleção polonesa também contava com o cubano Leon, que complicou a vida dos brasileiros com saques potentes. Após desperdiçar dois contra-ataques, Bruninho clareou para Leal finalizar e deixar a seleção em vantagem, 19 a 18. Mas o capitão e ponta Kubiak recolocou a Polônia à frente, Leon marcou de ace e Kurek garantiu o primeiro set dos poloneses.

O Brasil empatou no segundo set e cresceu no jogo principalmente com a subida de produção do oposto Wallace. A equipe chegou a abrir cinco pontos de diferença e, quando viu os poloneses encostarem no placar, Leal conseguiu o set point. Na sequência, o ponteiro Leon sacou na rede: 25 a 23.

Wallace, aliás, terminou a decisão com 22 pontos, à frente de Kurek e Leal, com 17 cada.

Com o confronto empatado, a Polônia se perdeu em alguns momentos do terceiro set, enquanto Wallace dinamitou as investidas de Leon. No início, a parcial teve momentos de tensão e uma série de erros da equipe brasileira, até que Wallace fez 6 a 5. Bruninho ampliou com ace, e Leal consolidou uma vantagem de quatro pontos.

A Polônia sentiu o golpe e, diferentemente do equilíbrio nas duas primeiras parciais, os brasileiros venceram a terceira por uma diferença de nove pontos, e a última, por 25 a 14.

Wallace e Kurek dividiram os prêmios de melhor oposto e MVP (jogador mais valioso) da Liga das Nações. O Brasil ainda teve na seleção do torneio Leal (ponteiro), Maurício Souza (central) e Thales (líbero), e os demais eleitos foram os poloneses Kubiak (ponteiro), Bieniek (central) e Drzyzga (levantador).

Esse é o primeiro título do Brasil da Liga das Nações. O torneio foi criado pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB) em 2018, o torneio substituiu o Grand Prix (feminino) e a Liga Mundial (masculino) —em ambos, o Brasil é o maior vencedor (são 12 taças no Grand Prix, e 9 pela Liga Mundial).

O Brasil havia ficado com o quarto lugar em 2018 e 2019, e não houve Liga das Nações no ano passado por causa da pandemia de Covid-19.

Mais cedo, a França, que foi eliminada pela seleção brasileira na semifinal, conquistou o terceiro lugar ao superar a Eslovênia por 3 sets a 0 (25/20, 25/18 e 25/19).

A lista dos 12 atletas que vão à Olimpíada de Tóquio

Levantadores
Bruninho
Fernando Cachopa

Opostos
Wallace
Alan

Centrais
Lucão
Maurício Souza
Isac

Ponteiros
Lucarelli
Leal
Maurício Borges
Douglas

Líbero
Thales

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