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França bate a Alemanha na estreia, mas ainda procura lugar de Benzema

Atual campeã mundial venceu os alemães por 1 a 0 em Munique, na primeira rodada da Euro

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São Paulo

No encontro das duas últimas campeãs do mundo, a favorita França venceu a Alemanha por 1 a 0 nesta terça-feira (15), em Munique, confronto que fechou a primeira rodada da fase de grupos da Eurocopa.

O gol da vitória francesa foi marcado pelo zagueiro alemão Mats Hummels, contra.

Lucas Hernandez celebra com Rabiot e Griezmann o gol da vitória francesa em Munique
Lucas Hernandez celebra com Rabiot e Griezmann o gol da vitória francesa em Munique - Franck Fife/AFP

O mesmo Hummels que, nas quartas de final da Copa do Mundo de 2014, anotou de cabeça para dar aos alemães o triunfo por 1 a 0 sobre a França. A equipe, já comandada por Joachim Löw àquela altura, conquistaria o título mundial no Maracanã.

De lá para cá, porém, a configuração de forças do futebol europeu de seleções mudou.

Se há sete anos era a Alemanha a principal potência do continente e dona de um trabalho sólido nas mãos de Löw, a jovem geração de talentos franceses, comandada por Didier Deschamps, roubou o posto de líder da Europa.

Finalista da Euro em 2016, a França confirmou a expectativa que havia sobre seus jogadores com a conquista da Copa do Mundo da Rússia, em 2018.

Campeão europeu com a seleção francesa em 2000, Deschamps conhece a importância de aproveitar o momento do auge de um grupo de atletas. Foi assim com ele na condição de jogador. Aos 31 anos e já em fim de carreira, levantou a taça da Eurocopa como capitão dois anos após a consagração mundial em seu próprio país.

Com jogadores que ainda vivem a plenitudade física e técnica, como Raphael Varane, Antoine Griezmann e Paul Pogba, e que ainda tem a juventude e explosão de Kylian Mbappé, Deschamps quer confirmar a passagem dessa geração como uma das mais vencedoras da história do futebol francês.

Nesta terça, em Munique, a França arrancou com o pé direito sua caminhada rumo à conquista do tricampeonato da Euro.

Benzema reestreou pela França em uma competição oficial nesta terça, contra a Alemanha
Benzema reestreou pela França em uma competição oficial nesta terça, contra a Alemanha - Kai Pfaffenbach/Reuters

Nas arquibancadas da Allianz Arena, o ex-técnico do Bayern de Munique e campeão europeu Hansi Flick assistiu à partida. Ex-assistente de Joachim Löw no Mundial de 2014, o treinador assumirá o comando no lugar de seu ex-chefe após a disputa da competição.

Após início forte dos donos da casa, os franceses assumiram o controle da bola e, com trocas de passe, passaram a rondar a área de Manuel Neuer.

Em uma combinação pelo lado direito, Pavard foi acionado pela direita e tocou para Pogba. O camisa 6 ergueu a cabeça e inverteu a jogada para Lucas Hernández, que entrou pela esquerda da área e bateu cruzado para o meio. Hummels tentou cortar antes que a bola chegasse em Mbappé e acabou desviando para o próprio gol, abrindo o placar aos 20 minutos de partida.

De Pavard a Hernández, um lance com participação de jogadores do Bayern que, apesar de franceses, estavam em casa no estádio de Munique –Hummels, autor do gol, é ex-Bayern.

Na etapa final, o jogo repetiu a tônica dos primeiros 45 minutos, com os alemães pressionando e buscando uma oportunidade. Gnabry teve boa chance, mas chutou por cima.

A França passou a levar riscos aos donos da casa com rápidos contra-ataques. Rabiot teve a bola para ampliar a vantagem, mas finalizou na trave, e Karim Benzema chegou a balançar as redes, porém estava impedido.

Benzema continua a ser o principal ponto de interrogação da seleção francesa. O atacante, que não atuava pela equipe nacional desde 2015, foi convocado novamente por Deschamps para fazer parte do grupo da Eurocopa.

O desafio do técnico é fazer com que Benzema, tão ou mais talentoso que seus concorrentes pela posição, não pareça um corpo estranho no funcionamento do time francês, que não precisou do jogador do Real Madrid para alcançar o topo do mundo há três anos.

Na Rússia, a França se sagrou campeã com Olivier Giroud no comando de ataque, um atacante que passou o Mundial todo sem marcar um gol sequer. Giroud é, porém, o segundo maior goleador da história da seleção, atrás apenas de Thierry Henry. E já mostrou que, ao lado de Mbappé e Griezmann, funciona. Karim Benzema (e Deschamps) precisam mostrar o mesmo.

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