Tite testa defesa sólida contra raro rival que já marcou duas vezes no Brasil

Colômbia é uma das três seleções que fizeram mais de um gol na equipe do técnico

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São Paulo

Única equipe 100% na Copa América, a seleção brasileira encara nesta quarta-feira (23) a Colômbia, às 21h, no estádio Nilton Santos, pela terceira rodada da competição continental. SBT e ESPN Brasil transmitem o confronto.

Com sete gols marcados nas duas primeiras partidas, a equipe do técnico Tite também comemora o bom desempenho de sua defesa, que ainda não foi vazada no torneio –goleou a Venezuela por 3 a 0 e o Peru por 4 a 0.

Desde o início das Eliminatórias para a Copa do Mundo, em outubro do ano passado, o time brasileiro sofreu apenas dois gols em oito jogos.

Marquinhos e Militão sobem para cabecear na área brasileira contra a Venezuela, pela Copa América
Marquinhos e Militão sobem para cabecear na área brasileira contra a Venezuela, pela Copa América - Evaristo Sá - 13.jun.2021/AFP

A última vez que o Brasil foi vazado ocorreu na vitória por 4 a 2 sobre o Peru, em Lima, pelas Eliminatórias. De lá para cá, já são seis compromissos sem ver seus goleiros serem superados.

Essa solidez defensiva faz com que a seleção brasileira não só lidere com folga a disputa classificatória para o Mundial (seis vitórias em seis partidas), mas também seja vista por concorrentes como uma equipe mais madura que suas adversárias sul-americanas.

"Em todas as equipes [da Copa América] eu vi coisas boas ofensivamente, e defensivamente aspectos a serem melhorados. Menos o Brasil, que tem a melhor defesa, uma das explicações do porquê leva tanta vantagem na pontuação em seis rodadas [das Eliminatórias]. É um rival duro", disse o técnico do Uruguai, Óscar Tabárez.

A impressão do treinador uruguaio encontra argumentos nos números.

Em seis jogos das Eliminatórias, o Brasil sofreu somente dois gols. A segunda melhor defesa é a da Argentina, com cinco, seguida por Uruguai e Paraguai, que sofreram sete. A rival desta quarta, a Colômbia, levou 13.

Na Copa América, a equipe de Tite é a única que ainda não foi vazada.

Além da qualidade individual de seus atletas, o bom desempenho defensivo brasileiro passa pelo funcionamento coletivo. Nas duas partidas da Copa América até aqui, a seleção teve formações distintas.

Contra a Venezuela, na estreia, o miolo de zaga foi composto por Militão e Marquinhos, com Danilo e Renan Lodi nas laterais. Diante do Peru, Marquinhos deu lugar a Thiago Silva, e Lodi saiu para a entrada de Alex Sandro.

"Nosso diferencial está sendo a preparação de todos os jogadores. É muito difícil em algumas posições dizer quem é o titular absoluto. Todos aqui se sentem titulares. O Tite passa que somos todos importantes, temos que estar preparados. Os que estão entrando estão decidindo as partidas", disse o lateral esquerdo Alex Sandro, da Juventus.

"Tem uma estatística na Itália, desde quando estou lá, que diz que os campeões são os de melhor defesa, não o melhor ataque. Mas esse sucesso da defesa não é só dos defensores, tem a ver com toda a equipe, na frente e no meio", completou o jogador de 30 anos.

Titular nos dois confrontos da Copa América, Éder Militão elogiou seus concorrentes à posição na zaga. Ele também falou sobre a saída de Sergio Ramos do Real Madrid. Agora, o-ex defensor do São Paulo espera ter sequência no clube espanhol para seguir no processo de afirmação na seleção.

"O que eu vejo é que todos têm condições de estar representando a seleção. Sem dúvida, Marquinhos e Thiago Silva são ótimos jogadores, têm um nível de qualidade de jogo que não dá para discutir. Mas venho trabalhando para buscar meu espaço. Nessa reta final [de temporada], também por jogar um pouco mais no Real, creio que isso tenha me ajudado a chegar aqui e manter essa sequência", disse o zagueiro.

Nesta quarta-feira, a seleção brasileira enfrentará um dos três adversários que já marcaram dois gols na equipe de Tite em uma mesma partida –o Brasil nunca levou três gols sob comando do técnico.

Em setembro de 2019, a Colômbia empatou com os brasileiros por 2 a 2, em amistoso disputado nos Estados Unidos. Casemiro abriu o placar, mas Muriel anotou duas vezes e colocou os colombianos na frente. Neymar deu números finais ao jogo.

Além do Peru no último encontro pelas Eliminatórias, o outro confronto em que a seleção foi vazada por duas vezes aconteceu na Copa do Mundo de 2018, nas quartas de final, contra a Bélgica. A derrota por 2 a 1, gols de Fernandinho (contra) e Kevin De Bruyne –Renato Augusto marcou para o Brasil–, eliminou a seleção brasileira do Mundial.

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