Descrição de chapéu Tóquio 2020

Brasil começa Olimpíada com pé esquerdo de Marta e goleia a China

Camisa 10 marca dois gols e homenageia noiva em vitória da seleção nos Jogos de Tóquio

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São Paulo

Com gols de Marta (2), Debinha, Andressa e Bia Zaneratto, a seleção brasileira feminina estreou com vitória sobre a China por 5 a 0 no torneio de futebol da Olimpíada de Tóquio. O jogo foi disputado no estádio Miyagi, um dos poucos que permitem a presença de público nos Jogos Olímpicos.

A próxima partida do Brasil será contra a Holanda, no sábado (24), às 8h. O confronto deve decidir a primeira posição do Grupo F. Agora, sob o comando da técnica Pia Sundhage, a seleção brasileira acumula 12 vitórias, 5 empates e 2 derrotas. Em Olimpíadas, a treinadora possui currículo invejável, com duas medalhas de ouro dirigindo os EUA (Pequim-2008 e Londres-2012) e uma prata pela Suécia (Rio-2016).

A seleção feminina brasileira, por sua vez, tenta voltar ao pódio olímpico. Nos Jogos do Rio, em casa, a equipe ficou na quarta posição, após perder para o Canadá, por 2 a 1, na disputa pelo bronze.

O Brasil já havia enfrentado as chinesas em Jogos em duas ocasiões. Em Atlanta-1996, perdeu por 3 a 2 em jogo que valeu vaga na final do torneio. No Rio, cinco anos atrás, as brasileiras venceram por 3 a 0.

Marta comemora gol fazendo um 'T' de Toni Deion, sua noiva
Marta comemora gol fazendo um 'T' de Toni Deion, sua noiva - Molly Darlington/Reuters

No último confronto, em novembro de 2019, na final de um torneio amistoso disputado no país asiático, já sob o comando de Pia, empate em 0 a 0, com vitória das chinesas nos pênaltis (4 a 2).

O Brasil começou a partida com mais intensidade, explorando jogadas pelos lados do campo, onde a China tinha dificuldade de marcar. Em jogada pela ponta, logo aos 8 minutos, Bia Zaneratto cruzou da esquerda, Debinha cabeceou no travessão e Marta pegou o rebote de pé esquerdo para abrir o placar.

Na comemoração, a camisa 10 fez um "T" com os braços para homenagear a noiva, Toni Deion Pressley, também jogadora do time americano Orlando Pride.

Já o segundo gol saiu de uma jogada despretensiosa, que começou pela direita, aos 21 minutos. Após boa troca de passes, Bia Zaneratto finalizou forte, a goleira Shimeng deu rebote, e Debinha marcou.

Insatisfeito com o desempenho da equipe, armada num 4-2-3-1, o técnico Jia Xiuquan, da China, fez uma substituição logo no primeiro tempo: tirou a volante Wang Yan e colocou a atacante Wurigumula, buscando deixar o time mais ofensivo. As chinesas só chegaram uma vez com perigo na etapa inicial, em chute da atacante Miao, defendido por Bárbara.

Na segunda parte do confronto, a China usou a tática de pressionar a saída de bola do Brasil para tentar surpreender a defesa da seleção. O time criou algumas chances de perigo, mas foi a vez de a goleira Bárbara fazer boas defesas e a trave salvar o Brasil em mais de uma oportunidade. Para tentar recuperar a posse de bola no meio-campo, Pia tirou Formiga, que mostrava sinais de cansaço, e colocou Júlia Bianchi.

E num contra-ataque, aos 28 minutos, a seleção fez mais um. Após Bia Zaneratto ser bloqueada em finalização na entrada da área, a bola sobrou outra vez para o hábil pé esquerdo de Marta, que tocou no canto da goleira Shimeng. Atordoada em campo, a China ainda cometeu pênalti aos 34, quando Andressa Alves foi derrubada na entrada da área. A própria meia da Roma cobrou a penalidade para marcar.

Já no final do jogo, aos 43 minutos, Debinha roubou a bola e cruzou para Bia Zaneratto marcar o quinto.

Pelo Grupo G, a Suécia surpreendeu os Estados Unidos, campeões da Copa do Mundo-2019 e um dos favoritos ao ouro, e fez 3 a 0. Já pelo Grupo E, a Grã-Bretanha venceu o Chile por 2 a 0.

Em ambas as partidas houve protestos das jogadoras. As britânicas ajoelharam antes do início do jogo. No duelo entre americanas e suecas, todas as 22 jogadoras repetiram o gesto.​

Jogadoras britânicas ajoelham antes de partida contra o Chile
Jogadoras britânicas ajoelham antes de partida contra o Chile - Asano Ikko/AFP
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