Descrição de chapéu Tóquio 2020

Brasil e Holanda empatam jogo de seis gols, e Marta anota seu 13º em Olimpíadas

Camisa 10 marca de pênalti e fica a um gol de igualar recorde de Cristiane nos Jogos

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São Paulo

No jogo apontado como o mais difícil do Brasil na primeira fase das Olimpíadas de Tóquio, a seleção feminina de futebol empatou neste sábado (24) com a Holanda, atual campeã europeia e vice-campeã mundial, por 3 a 3.

Na estreia dos Jogos, ambas as equipes haviam goleado. O Brasil venceu a China, na quarta-feira (21), por 5 a 0. Já o time holandês bateu a frágil Zâmbia, no mesmo dia, por 10 a 3. Neste sábado, no outro jogo do grupo, China e Zâmbia empataram em 4 a 4.

Com o empate, Brasil e Holanda chegaram a 4 pontos cada e só dependem de si para garantir classificação (as holandesas levam vantagem no saldo de gols). Já China e Zâmbia só têm apenas 1 ponto cada. Na próxima terça-feira (27), o Brasil pega Zâmbia às 8h30. No mesmo horário, a Holanda enfrenta a China. Se vencer, o Brasil garante classificação sem depender de ninguém.

Para a segunda partida das Olimpíadas, a técnica Pia Sundhage resolveu manter o mesmo time da estreia, jogando em um 4-4-2 mais compacto buscando inibir o rápido ataque holandês, escalado por Sarina Wiegman no 4-3-3 e que procurou explorar jogadas pelas pontas.

Se no primeiro jogo a trave e a goleira Bárbara haviam feito milagres para as chinesas não abrirem o placar, a sorte abandonou a seleção feminina logo no início do duelo com a Holanda. Aos 2 minutos, Miedema recebeu na entrada da área, girou sobre a marcação de Érika e tocou no canto da goleira brasileira.

O Brasil reagiu rápido. Quatro minutos depois, em lance confuso na área, a arbitragem marcou pênalti para a seleção. No entanto, anulou a decisão quatro minutos depois, após consultar o VAR. O empate veio aos 15 minutos. Duda cruzou para Debinha, que finalizou duas vezes para marcar.

A seleção brasileira dominou o primeiro tempo, com 60% da posse de bola. No entanto, esse predomínio não foi efetivo no ataque. O Brasil teve 7 escanteios e insistiu nas bolas cruzadas na área, sem levar muito perigo. A seleção também conseguiu 4 finalizações, mas apenas uma foi na direção do gol, aproveitada por Debinha, artilheira do Brasil na era Pia, com 14 gols em 20 jogos.

Para a segunda etapa, a treinadora promoveu três alterações, com a entrada das meias Angelina e Andressa Alves e a atacante Ludmila para as saídas de Formiga, Duda e Bia Zaneratto, que fez primeiro tempo apagado. A atacante do Atlético de Madrid (ESP) mudaria a sorte do jogo com sua velocidade e sua força no ataque.

Debinha (à esq.) comemora gol do Brasil no jogo contra a Holanda
Debinha (à esq.) comemora gol do Brasil no jogo contra a Holanda - Amr Abdallah Dalsh/Reuters

No momento em que o Brasil estava melhor no jogo, a Holanda voltou a ficar na frente. Aos 13 minutos, após cruzamento na área, Miedema cabeceou fraco, e a goleira Bárbara falhou.

Como aconteceu no primeiro tempo, a seleção brasileira buscou o empate logo depois. Em polêmico lance, Van der Gragt derrubou Ludmila na entrada da área, e a arbitragem assinalou o pênalti. O VAR confirmou a penalidade.

Marta cobrou para marcar seu terceiro gol nos Jogos de Tóquio. Com 13 somando todas as edições, ela está a um gol de igualar Cristiane como maior artilheira do futebol em Olimpíadas.

Aos 22 minutos, em erro da zagueira Nouwen, que recuou fraco, Ludmila recuperou a bola, passou pela goleira Van Veenendaal e colocou o Brasil pela primeira vez na frente do jogo.

Ludmila seria decisiva novamente, mas para o outro lado. Foi dela a falta que resultou no empate holandês, aos 33 minutos. Janssen cobrou com perfeição, sem chances para Bárbara. A partir daí, as duas equipes se arriscaram menos e não conseguiram levar perigo ao gol adversário.

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