Descrição de chapéu tênis

Djokovic conquista Wimbledon e iguala recorde de Grand Slams de Nadal e Federer

Com o hexa na grama inglesa, tenista sérvio chega a marca de 20 títulos dessa magnitude

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Atual número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic, 34, voltou a fazer história ao conquistar Wimbledon neste domingo (11) e se tornar, ao lado do suíço Roger Federer (8º) e do espanhol Rafael Nadal (3º), o maior vencedor de Grand Slams entre os homens, com 20 títulos dessa magnitude.

Em uma partida dura, o tenista fez valer seu favoritismo e venceu de virada o italiano Matteo Berrettini, 25, por 3 sets a 1, com parciais de 6(4)/7, 6/4, 6/4 e 6/3 em 3h23min para ficar com o torneio de simples na grama inglesa pela sexta vez na carreira.

"Vencer em Wimbledon sempre foi um sonho meu desde criança. Quando eu era um garoto na Sérvia criei um troféu de Wimbledon com materiais improvisados que eu tinha no meu quarto. Hoje tenho seis troféus de Wimbledon. É incrível", afirmou Djokovic após o título. "[Federer e Nadal] são lendas do esporte e os dois jogadores mais importantes que ja enfrentei. Não fossem eles, talvez nada disso teria acontecido."

Já Berrettini, apesar da derrota, terminou a competição em alta. Primeiro italiano na história a se classificar para a final de Wimbledon, ele fez a sua estreia em decisões de Grand Slams. No ranking da ATP (Associação dos Profissionais do Tênis), ainda não atualizado com a disputa deste domingo, o atleta aparece em nono lugar.

A última vez que a Itália teve um vencedor de Grand Slam no simples masculino foi em 1976, em Roland Garros, com Adriano Panatta.

Foi apenas o terceiro encontro entre Djokovic e Berrettini, e o sérvio levou a melhor em todos eles. Ele venceu 8 dos 10 sets disputados, o que evidencia sua supremacia contra o adversário da final.

Contra o italiano, Djokovic parecia que teria uma vitória tranquila. Só parecia. O sérvio foi o primeiro a quebrar o saque do adversário no quarto game. Atrás no placar, Berrettini sofreu no início com erros não forçados, mas conseguiu reagir com bons saques e slices e venceu o primeiro set no desempate.

Depois, o italiano pareceu ter relaxado, e Djokovic fez prevalecer sua experiência. O sérvio quebrou os dois primeiros serviços do adversário e abriu uma vantagem de 4 games a 0 no segundo set, seguindo tranquilo para empatar a partida e, depois, virar o placar..

Os disputados terceiro e quarto set destacam o italiano como uma das grandes promessas do tênis mundial. Há três semanas, ele conquistou o ATP 500 de Queen's, também em Londres, seu maior título da carreira até aqui.

Cerca de 15 mil pessoas acompanharam in loco mais uma página da história do tênis ser escrita em Londres. Assim como no sábado (10), na decisão do torneio feminino, as arquibancadas ficaram cheias, com capacidade máxima do estádio liberada. A torcida para o italiano foi mais frenética, empurrando o tenista em momentos decisivos.

Foi a sétima final e o sexto título conquistado por Djokovic na grama inglesa. Além do troféu deste domingo, o sérvio tem no currículo vitórias em Wimbledon em 2011, 2014, 2015, 2018 e 2019. Em 2013, ele foi vice-campeão.

Apenas o norte-americano Pete Sampras (sete títulos), o britânico William Renshaw (sete títulos) e Roger Federer (oito títulos) estão à sua frente no ranking dos maiores vencedores do torneio de tênis mais antigo do mundo.

Com a vitória deste domingo, o sérvio mostrou mais uma vez ser decisivo e aumentou seu aproveitamento nas finais. Foi a 30ª final de Grand Slam da carreira de Djokovic, com 20 triunfos, um ótimo aproveitamento de 66,6%.

O título também coroa a excelente temporada do sérvio, que acumula 18 vitórias consecutivas. Em Wimbledon, a invencibilidade é maior. Sua última derrota no torneio londrino foi em 2017, quando perdeu para Tomas Berdych, da República Checa.

A temporada, porém, pode ser ainda mais especial para Djokovic. Ele mantém as chances de vencer os quatro Grand Slams do ano —além de Wimbledon, o sérvio venceu o Australian Open e o Roland Garros. O último tenista a atingir tal feito foi o australiano Rod Laver, em 1969. Para alcançar essa marca, precisa vencer o último grande torneio da temporada, o US Open, com início previsto para o final de agosto.

Confirmado na Olimpíada de Tóquio, o sérvio pode conquistar também o chamado Golden Slam, conjunto de títulos dos Slams mais a medalha de ouro olímpica em simples.

A partida deste domingo teve também outra marca histórica. Pela primeira vez uma mulher, a croata e juíza de cadeira Marija Cicak, 43, conduziu o jogo final masculino do torneio.

No sábado (10), a australiana Ashleigh Barty, 25, venceu a tcheca Karolina Pliskova, 29, por 2 sets a 1 (6/3, 6/7 e 6/3), e levou a taça no torneio de simples feminino em Wimbledon.

Foi o primeiro título de Barty na grama inglesa e o segundo Grand Slam de sua carreira.

Outros campeões veteranos de Wimbledon não tiveram sorte nesta edição. Com sete títulos, Serena Williams, 39, abandonou logo na estreia, após sofrer lesão na partida contra Aliaksandra Sasnovich. Já Roger Federer, 39, foi derrotado nas quartas de final pelo polonês Hubert Hurkacz. Ele podia se tornar o tenista mais velho a chegar à semifinal da competição.

TENISTAS COM MAIS TÍTULOS DE GRAND SLAM ENTRE OS HOMENS

1º Novak Djokovic 20
​1º Roger Federer 20
1º Rafael Nadal 20
4º Pete Sampras 14
5º Roy Emerson 12
6º Rod Laver 11
6º Björn Borg 11
8º Bill Tilden 10

OS TÍTULOS DE NOVAK DJOKOVIC

Australian Open (2008, 2011, 2012, 2013, 2015, 2016, 2019, 2020, 2021)
Roland Garros (2016, 2021)
Wimbledon (2011, 2014, 2015, 2018, 2019, 2021)
US Open (2011, 2015, 2018)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.