Descrição de chapéu Tóquio 2020

Não trouxemos o vírus para o Japão, mas a gente não pode fraquejar, diz médica do COB

Beijar medalha só depois de higienizada, afirma Ana Carolina Côrte

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Tóquio

Após a primeira semana de competições das Olimpíadas no Japão, o COB (Comitê Olímpico do Brasil) só pensa em duas coisas: mais medalhas e manter em zero o número de casos de Covid-19 na delegação.

Mais de 700 pessoas saíram do país para ir a Tóquio participar do evento, o que envolve uma megaoperação até o momento bem-sucedida. Com o decorrer dos dias, porém, muita gente tende a relaxar no cumprimento dos rígidos protocolos exigidos pela organização dos Jogos Olímpicos.

“A gente não trouxe o vírus do Brasil para o Japão”, afirma Ana Carola Côrte, coordenadora médica do COB, atribuindo a conquista ao esforço logístico adotado pela entidade. “Mas a gente não pode fraquejar agora, está dando tudo muito certo. Temos que seguir vigilantes, sempre alerta."

A principal preocupação dos japoneses em relação aos Jogos era justamente a segurança sanitária e o temor de que estrangeiros levassem —e espalhassem— o vírus ao país asiático.

Os finais das competições têm sido o momento de maior atenção. Falhas no uso de máscaras, abraços, beijos em medalhas e falta de distanciamento físico são cenas cada vez mais comuns. O COB, diz ela, tem repetido diariamente as orientações, mas nem sempre tem conseguido manter o controle.

“O comitê organizador disse que os atletas têm o direito de tirar a máscara por 30 segundos no pódio para a foto da medalha. Mas, depois, tem que ser o tempo todo de máscara. Estamos com zero casos de Covid. A maioria está há mais de 14 dias aqui, a nossa operação é um sucesso”, afirma.

Ana Carolina reconhece a dificuldade de cumprir as regras no que ela chama de “momento único do atleta”, especialmente quando o esportista vai ao pódio. “A gente fala muito: para beijar a medalha tem que higienizá-la. Na hora que você está recebendo a medalha, você está recebendo da mão de alguém, a gente orienta isso, mas a gente não consegue controlar tudo”, diz a coordenadora médica.

Segundo o COB, faltam apenas cinco pessoas da delegação brasileira para chegar a Tóquio, concluindo, assim, a operação de ida —a maioria entrou no país já vacinada. Como regra da organização, os que acabam de competir tem 48 horas para partir. "Depois disso, tem uma operação ainda para sair, fazer o [teste] PCR e monitorar sintomas ao chegar ao Brasil. Nossa missão só acaba lá", diz Ana Carolina.

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