O Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou em uma conversa com jornalistas na quarta-feira (14) que a cerimônia de entrega de medalhas da Olimpíada de Tóquio passará por mudanças devido à pandemia da Covid-19.
Segundo Thomas Bach, presidente da entidade, não haverá abraços ou apertos de mão durante a cerimônia e que os próprios atletas terão que recolher suas medalhas.
"As medalhas não serão entregues no pescoço. Elas serão apresentadas aos atletas em uma bandeja, e o próprio atleta pegará a medalha. Será garantido que a pessoa que colocará a medalha na bandeja o fará com luvas desinfetadas. Apresentadores e atletas usarão máscaras. Não haverá apertos de mão nem abraços durante a cerimônia", explicou Bach à agência de notícias Reuters.
Além da mudança nos protocolos de premiação, houve alteração também na cerimônia de abertura.
O texto do juramento olímpico, recitado desde 1920, foi reelaborado pela Comissão de Atletas do COI e as adaptações, que incluem mensagens de inclusão e em defesa da igualdade de gênero, foram aprovadas pelo Conselho Executivo da entidade no último mês de abril.
O número de representantes que farão a leitura do juramento olímpico aumentou de três para seis –serão dois atletas, dois treinadores e dois juízes.
De acordo com o COI, o objetivo com essa mudança é garantir "o equilíbrio total de gênero entre aqueles que prestam juramento em nome de todos os participantes dos Jogos".
"Nós, atletas olímpicos, somos modelos e embaixadores. Estamos juntos para enviar ao mundo uma mensagem poderosa de igualdade, inclusão, solidariedade, paz e respeito", afirmou a ex-nadadora Kirsty Coventry, presidente da Comissão de Atletas do COI, que deixou as piscinas após a Olimpíada do Rio-2016.
A Olimpíada de Tóquio, adiada de 2020 para 2021 em razão da pandemia, começa no próximo dia 23 e termina no dia 8 de agosto.
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