Descrição de chapéu Tóquio 2020 Vôlei de praia

Após queda na semi do vôlei, Brasil e Argentina reeditam disputa de 1988 pelo bronze

Nas Olimpíadas de Seul, vizinhos venceram duelo por 3 sets a 2 e foram ao pódio

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São Paulo

Quando entrarem em quadra para disputar a medalha de bronze nos Jogos de Tóquio na madrugada de sábado (7), as seleções de vôlei de Brasil e Argentina repetirão, 33 anos depois, a disputa pelo terceiro lugar de um pódio olímpico. Em 1988, o palco era Seul, e o Brasil vivia o fim da chamada geração de prata —grupo de jogadores que alcançou bons resultados nos anos 1980, o melhor deles em Los Angeles-1984.

Ali, a disputa foi amarga: 3 sets a 2 para a Argentina (15/10 15/17 15/8 12/15 15/9), na única medalha olímpica conquistada pelo país vizinho na modalidade. Desde então, a equipe sul-americana participou de todos os Jogos Olímpicos, mas alcançou, no máximo, um quarto lugar em Sydney-2000.

O Brasil, por sua vez, consolidou-se em pouco mais de três décadas como potência. No período, chegou ao ouro em Barcelona-1992, Atenas-2004 e Rio-2016 e à prata em Pequim-2008 e Londres-2012. Assim, essa é a primeira vez em cinco edições dos Jogos que o país não chega à final do vôlei masculino.

Dos dois lados haverá personagens ligados de alguma maneira à disputa de 1988. Renan Dal Zotto, 61, técnico da seleção brasileira, estava em quadra naquele 2 de outubro de 1988 na Coreia do Sul. Do lado argentino, Facundo Conte, 31, destaque da equipe, é filho de Hugo Conte, 58, bronze em Seul.

Antes mesmo de saber que o adversário pelo bronze em Tóquio seria a Argentina, Renan se lembrou do histórico em entrevista após a derrota para o Comitê Olímpico Russo por 3 sets a 0 nesta quinta (5).

“Eu já passei por isso [derrota na decisão do terceiro lugar], o nosso grande desafio é estar no pódio. Passei por uma experiência dessa em 1988, e é um gosto muito amargo [perder]”, disse o treinador.

Hugo Conte também está em Tóquio, mas longe da quadra. Ele comenta as partidas para a TV argentina.

Se estão frustrados por não passarem à final, a ser disputada entre Comitê Olímpico Russo e França na manhã de sábado (7), Brasil e Argentina têm a chance de, por um lado, vingar a derrota nos anos 1980, e, do outro, conquistar uma medalha olímpica pela primeira vez em oito edições dos Jogos.

As duas seleções, aliás, já se enfrentaram em Tóquio, na fase de grupos. Os comandados pelo técnico Marcelo Méndez chegaram a abrir 2 sets a 0, mas o Brasil buscou a recuperação e venceu a no tie-break.

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