Mauricio Souza, da seleção brasileira de vôlei, esteve em Brasília e visitou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), nesta terça-feira (24).

O central postou retratos do encontro, que aconteceu no Palácio do Planalto, em suas redes sociais e foi elogiado inclusive pelo companheiro de seleção, Wallace Souza.

Foram os dois que, em meio à corrida presidencial de 2018, apareceram em uma foto da equipe brasileira formando um 17, número do então candidato Bolsonaro. Eles são abertamente apoiadores do presidente e de sua família.

Mauricio também ironizou os políticos do MBL e comemorou o encontro em Brasília. “Só reforçou o que eu achava deles, pessoas como a gente, impressionante a humildade”, afirmou.

O encontro, que não teve uso de máscara nem respeito ao distanciamento social, não consta na agenda oficial da Presidência nesta terça.

Durante as Olimpíadas, a Folha publicou uma reportagem sobre os motivos que levam a seleção masculina de vôlei a ter fama de bolsonarista. Na ocasião, Mauricio usou as redes sociais para comentar o texto e chamar o jornal de "Foice".

A reportagem também lembrou que, ao contrário de Maurício Souza e Wallace, que fizeram o número 17 (alusão ao número do então candidato Jair Bolsonaro) em uma foto enquanto estavam em ação pela seleção brasileira, Carol Solberg fora denunciada ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) sob acusação de ter prejudicado a imagem da CBV ao gritar "Fora, Bolsonaro" em uma entrevista do circuito de vôlei de praia.

Além dos dois, outros jogadores e ex-jogadores, como Murilo, costumam compartilhar mensagens de figuras ligadas ao bolsonarismo ou à direita.

Ao mesmo tempo, nomes como Lucarelli e Douglas Souza, que também disputaram os Jogos, são abertamente defensores de pautas progressistas, como os direitos LGBTQIA+.