Descrição de chapéu Tóquio 2020

Brasil monitora três pessoas do atletismo após receber aviso de contato próximo a Covid-19

Dois atletas e uma treinadora foram separados do grupo, mas manterão suas atividades

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Tóquio

Dois atletas brasileiros e uma integrante da comissão técnica do atletismo estão sendo monitorados após serem avisados de que tiveram “contato próximo” com alguém infectado pela Covid-19 nas Olimpíadas de Tóquio.

A medida faz parte das regras adotadas pela organização dos Jogos para reduzir o risco de contaminação do vírus. Eles foram serapados do restante do grupo, mas as atividades estão mantidas.

Caio Bonfim e sua mãe, Gianetti (que é também sua técnica), além de Thiago do Rosário André, chegaram a Tóquio em um voo no dia 25, vindos da Suíça. No avião, uma pessoa envolvida com os Jogos foi diagnosticada com o coronavírus.

Thiago André em ação durante os 800 m no Estádio Olímpico de Tóquio
Thiago André em ação durante os 800 m no Estádio Olímpico de Tóquio - Phil Noble/Reuters

Os atletas estão autorizados a competir normalmente. Nenhum dos três apresentou sintomas até o momento, o que indica, segundo a coordenação médica do COB (Comitê Olímpico do Brasil), que a chance de terem sido contaminados é bem pequena.

O aviso do “contato próximo”, no entanto, demorou a chegar. O voo foi no dia 25 e a notificação ocorreu somente cinco dias depois.

“Assim que fomos notificados, começamos a seguir as regras. Colocamos eles em quartos individuais, a alimentação também tem que ser com distanciamento dos demais. Os treinos podem ocorrer normalmente”, afirmou à Folha a coordenadora médica do COB, Ana Carolina Côrte.

Todos os testes feitos desde o comunicado tiveram resultado negativo. Os três estão usando máscaras N95, consideradas mais seguras. O monitoramento tem que ser feito por 14 dias.

“Falando da parte médica, a gente sabe que o vírus se manifesta mais no quinto dia. Já estamos no oitavo e está tudo bem”, disse Ana Carolina.

O chamado “contato próximo” foi incluído nas regras para tentar conter o contágio da doença. Em geral, isso ocorre quando alguém tem contato com outra pessoa em um ambiente em que a máscara pode ser retirada por algum tempo, como refeitórios ou aviões, por exemplo.

As orientações sobre como lidar com o aviso sofreram mudanças desde a chegada das delegações em Tóquio. A organização das Olimpíadas chegou a obrigar que os "contatos próximos" ficassem por 14 dias em quarentena automática, o que causou reclamações das delegações.

A última recomendação é que, nesses casos, o isolamento ocorra até o próximo teste negativo da pessoa, que pode sair no mesmo dia. O monitoramento deve seguir, no entanto, por 14 dias.

Esperança de medalha brasileira na marcha atlética dos 20 km, Caio Bonfim compete na madrugada da quinta-feira (5), em Sapporo.

No início deste ano, sua mãe e treinadora, Gianetti, havia se queixado de discriminação a atletas brasileiros por causa do número de casos da Covid-19 no país.

"No Equador, a gente ficava separado de todas as pessoas, isolados totalmente, parecíamos ETs", se queixou.

Thiago do Rosário André competiu nos 800 m e terminou em último sua prova de classificação. Ele também está qualificado para correr os 1500 m na noite desta segunda-feira (2).

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