Atual campeã olímpica, a seleção brasileira masculina de vôlei é apontada como uma das principais candidatas a brigar pelo ouro nas Olimpíadas de Tóquio. Porém, para conseguir o bicampeonato consecutivo, terá que superar na semifinal o Comitê Olímpico Russo, que tem se mostrado o seu adversário mais incômodo.
O duelo entre as equipes será na quinta-feira (5), na Ariake Arena, ainda sem horário definido.
“Vamos ter, agora, que tirar o estudo da gaveta e treinar em função do estilo de jogo dos russos”, disse o técnico da seleção, Renan Dal Zotto, após a vitória contra o Japão, que garantiu a classificação à semifinal.
“Por causa do saque e do bloqueio dos russos, a gente poderá travar em algum momento da partida, mas não podemos sofrer com algumas dificuldades que virão”, completou o técnico.
Pelas quartas de final, o Brasil levou a melhor sobre o Japão por 3 sets a 0, parciais de 25/20, 25/22 e 25/20, na madrugada desta terça-feira (3).
Em seu compromisso pelas quartas de final, o Comitê Olímpico Russo atropelou o Canadá, também por 3 sets 0, parciais de 25/21, 30/28 e 25/22.
Brasil e os russos vão se enfrentar pela terceira vez neste ano, e só os europeus venceram até agora: triunfo pela Liga das Nações, em junho, na Itália, e na fase de grupos dos Jogos de Tóquio, ambos pelo placar de 3 sets a 0.
“Saímos frustrados, sim, porque não conseguimos jogar [contra os russos] como gostaríamos e deveríamos. É um estilo de jogo completamente diferente do Japão, mas na semifinal é preciso deixar tudo na quadra”, falou o levantador e capitão Bruninho.
O Brasil tem sucumbido diante do estilo de jogo da equipe europeia. Fortes fisicamentes, são bem eficientes na marcação e no bloqueio, além de incomodarem os adversários com saques potentes.
“Os russos sempre foram bons bloqueadores, agora vai do atacante ter a consciência para buscar opções melhores. Falo por mim, comecei aquele jogo tomando dois bloqueios. É a hora de a cabeça fazer mais diferença que a força”, afirmou Lucarelli.
Nos demais confrontos das quartas de final, a Itália mede forças com a Argentina, e a Polônia encara a França.
Contra uma defesa sólida do Japão, o ponta Leal fez a sua melhor apresentação até aqui nas Olimpíadas. Ele e o oposto Wallace marcaram cinco pontos cada no primeiro set. O central Lucão, outro destaque, interceptou Yamauchi e, na sequência, o central Ishikawa mandou a bola para fora: 25 a 20.
No segundo o set, a seleção empatou com Leal em 17 a 17 e passou à frente, com Wallace, pela primeira vez na partical.
Os brasileiros dispararam: 25 a 22. No último set, Lucarelli, Wallace e Leal enfileiraram pontos, o Japão sentiu o golpe e não conseguiu incomodar os brasileiros, que fecharam a vitória.
Ishikawa foi o maior pontuador da partida, com 17 pontos, e Leal finalizou o jogo com 16.
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