O esgrimista americano Race Imboden, membro da equipe medalhista de bronze nos Jogos de Tóquio-2020, disse que uma letra 'X' desenhada na parte de trás de sua mão durante a cerimônia de entrega das medalhas era um protesto contra a proibição de gestos políticos nos pódios.
"Alguns atletas conversaram e decidiram por esse símbolo para demonstrar solidariedade entre si e apoiar os oprimidos", disse ele numa postagem na função stories de seu Instagram na manhã desta quarta-feira (4).
"Eu pessoalmente usei o símbolo como um protesto contra a regra 50", disse ele, se referindo a um item da Carta Olímpica que proíbe, por exemplo, as manifestações nas cerimônias de premiação e durante a execução de hinos.
A arremessadora de peso Raven Saunders, que ganhou a medalha de prata em Tóquio, ergueu suas mãos para que elas formassem uma letra 'X' quando subiu ao pódio, num protesto similar.
O Comitê Olímpico Internacional investigou o gesto, mas suspendeu o inquérito após a morte da mãe de Saunders nesta terça (3).
"Eu quero ainda chamar a atenção para a hipocrisia do COI e de todas as organizações que lucram imensamente com os atletas e ainda não escutam seus pedidos por mudança", disse Imboden também em sua postagem.
Em 2019, Imboden foi suspenso por 12 meses pelo Comitê Olímpico e Paralímpico dos EUA depois de se ajoelhar durante uma cerimônia de entrega de medalhas nos Jogos Pan-Americanos de Lima.
Seu protesto naquela época foi contra diversos fatores, como o racismo, pedido por controle de armas, contra o tratamento recebido pelos imigrantes e, principalmente, contra o ex-presidente Donald Trump, segundo o atleta.
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