Descrição de chapéu Tóquio 2020 vela

Martine e Kahena repetem Adhemar Ferreira da Silva; relembre medalhas do Brasil na vela

Dupla de velejadoras conquistou o ouro na Tóquio-2020 e faturou o bicampeonato olímpico

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

As velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram o bicampeonato olímpico na madrugada desta terça (3), nas Olimpíadas de Tóquio, e repetiram feito raro no esporte brasileiro.

Antes da dupla, e com exceção das modalidades coletivas, apenas Adhemar Ferreira da Silva havia levado duas medalhas de ouro em edições consecutivas dos Jogos. A façanha do atleta no salto triplo foi alcançada em Helsinque-1952 e Melbourne-1956.

Nem mesmo Robert Scheidt e Torben Grael, cada um com cinco medalhas olímpicas na vela e duas delas de ouro, conseguiram subir ao principal lugar do pódio em sequência.

Nas Olimpíadas de Tóquio, Martine e Kahena, ambas com 30 anos, repetiram o resultado dos Jogos do Rio-2016 e levaram a medalha dourada na categoria 49er FX.

A façanha na ilha de Enoshima, no Japão, resultou na 19ª medalha olímpica do Brasil na vela, um dos esportes mais vitoriosos do país no evento esportivo.

O primeiro pódio brasileiro na modalidade aconteceu nas Olimpíadas de 1968, no México, com o bronze da dupla Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad. A conquista foi na classe flying dutchman, que já não faz mais parte do programa olímpico.

O pódio pioneiro abriu caminho para gerações vitoriosas de velejadores. No total, nove atletas brasileiros se tornaram campeões olímpicos.

Além de Martine e Kahena, Torben Grael (que é pai de Martine), Marcelo Ferreira e Robert Scheidt levaram a medalha de ouro mais de uma vez, mas não em edições consecutivas.

No número total de medalhas, Torben (dois ouros, uma prata e dois bronzes) e Scheidt (dois ouros, duas pratas e um bronze) estão na frente com cinco pódios cada. Eles são os dois maiores medalhistas olímpicos do Brasil de todos os tempos.

Duas das conquistas mais marcantes aconteceram em 1980, nas Olimpíadas de Moscou. Nas águas russas, Lars Sigurd Bjorkström e Alexandre Welter foram os campeões na classe tornado, e Marcos Soares e Eduardo Penido levaram o ouro na 470.

Foram as primeiras medalhas douradas do país desde 1956, quando Adhemar Ferreira da Silva subiu ao lugar mais alto do pódio nas Olimpíadas de Melbourne, na Austrália.

Outro marco aconteceu em 2008, nas Olimpíadas de Pequim. Fernanda Oliveira e Isabel Swan foram bronze na classe 470 e levaram a primeira medalha feminina da história do Brasil na vela.

Desde 1968, quando o Brasil conquistou sua primeira medalha na vela, o país teve pelo menos um representante no pódio em praticamente todas as edições dos Jogos. As exceções são a Olimpíadas de Munique, em 1972, e a de Barcelona, em 1992.

Confira as medalhas da vela brasileira em Jogos Olímpicos:

Tóquio-2020
Ouro: Martine Grael e Kahena Kunze (49er FX)

Rio-2016
Ouro: Martine Grael e Kahena Kunze (49er FX)

Londres-2012
Bronze: Robert Scheidt e Bruno Prada (Star)

Pequim-2008
Prata: Robert Scheidt e Bruno Prada (Star)
Bronze: Fernanda Oliveira e Isabel Swan (470)

Atenas-2004
Ouro: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Ouro: Robert Scheidt (Laser)

Sydney-2000
Prata: Robert Scheidt (Laser)
Bronze: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)

Atlanta-1996
Ouro: Robert Scheidt (Laser)
Ouro: Marcelo Ferreira e Torben Grael (Star)
Bronze: Lars Grael e Kiko Pelicano (Tornado)

Seul-1988
Bronze: Lars Grael e Clinio Freitas (Tornado)
Bronze: Torben Grael e Nelson Falcão (Star)

Los Angeles-1984
Prata: Torben Grael, Daniel Adler e Ronaldo Senfft (Soling)

Moscou-1980
Ouro: Eduardo Penido e Marcos Soares (470 masculina)
Ouro: Alexandre Welter e Lars Björkström (Tornado)

Montreal-1976
Bronze: Peter Ficker e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)

Cidade do México-1968
Bronze: Burkhard Cordes e Reinaldo Conrad (Flying Dutchman)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.