O surfista Gabriel Medina não participará da etapa do Mundial de surfe em Teahupoo, no Taiti, por, de acordo com o próprio atleta, não ter tomado a vacina contra a Covid-19.
Em uma live nesta quinta-feira (5), o paulista afirmou que, devido à falta de imunizante, ele teria de fazer dez dias de quarentena entre a etapa do México, em Barra de la Cruz, e a perna de Teahupoo. "Aí não dá tempo de ir do México para lá, porque é uma seguida da outra", disse ele. "Serei obrigado a não ir, sacanagem. Mas de boa. Eu posso descartar uma etapa, então está de boa."
O COB (Comitê Olímpico do Brasil) disponibilizou vacinas a todos os membros da delegação do país nas Olimpíadas de Tóquio, cabendo aos atletas a escolha de receber ou não a aplicação do fármaco.
Campeão mundial em 2014 e 2018 —por pouco não levou o tri em 2019—, Medina lidera o ranking mundial com 46.720 pontos. Italo Ferreira, que ganhou o ouro nos Jogos de Tóquio, segue em segundo lugar, com 33.555. A disputa no Taiti é a última a valer pontos no Mundial. Em seguida, a final da competição será em Lower Trestles, na Califórnia, onde participarão os cinco melhores no ranking neste ano.
Medina era considerado favorito em Tóquio devido à boa temporada na WSL (World Surf League), com cinco finais em seis etapas e liderança disparada do ranking. No Japão, o brasileiro fazia boa competição até o fim das semifinais, quando levou a virada do japonês Kanoa Igarashi.
O surfista se envolveu em polêmicas antes e durante as Olimpíadas. Brigou com o COB por ter sido impedido de levar a mulher, Yasmin Brunet, e reclamou da entidade diversas vezes, dizendo ter se sentido prejudicado. Na primeira entrevista no Japão, voltou a lamentar o episódio, mas afirmou que a vida tinha que seguir em frente, que era adulto e já pagava as próprias contas.
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