Descrição de chapéu Tóquio 2020 paralimpíadas

Brasil encerra sua melhor campanha nas Paralimpíadas com 72 medalhas

País termina na sétima posição, com recorde de 22 ouros e total de pódios igual ao do Rio-2016

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São Paulo

O Brasil encerrou a sua participação nas Paralimpíadas de Tóquio-2020, neste domingo (5), com o melhor desempenho do país na história dos Jogos.

Foram 72 medalhas no total, igualando o recorde obtido no Rio de Janeiro, em 2016, mas com um número bem superior de ouros. As 22 medalhas douradas no Japão superaram inclusive as 21 de Londres-2012, maior marca até então.

O país ainda somou na capital japonesa 20 pratas e 30 bronzes. Terminou na sétima posição no quadro de medalhas —mesma colocação de 2012. No Rio, foram 14 ouros, 29 pratas e 29 bronzes, no oitavo lugar.

Veja como ficou o quadro geral dos Jogos Paralímpicos de 2020, realizados em 2021 após o adiamento em um ano do evento por causa da pandemia da Covid-19.

​Última medalha saiu na maratona

Ainda na noite de sábado, no horário de Brasília, Alex Douglas Pires foi o medalhista de prata na maratona da classe T46 (para atletas com deficiência nos membros superiores). Ele terminou a prova apenas atrás do chinês Chaoyan Li.

Li quebrou o recorde paralímpico com o tempo de 2h25min50. O brasileiro completou a prova com o recorde sul-americano da classe, em 2h27min00s. A medalha de bronze ficou com o japonês Tsutomu Nagata, com o tempo de 2h29min33s.

Após a prova, Alex contou que sua estratégia era ficar o mais próximo possível do primeiro pelotão. Após a marca dos 30 km, ele aumentou o ritmo e conseguiu passar o terceiro e o quarto colocados. "Acabei fazendo a minha corrida e comecei a crescer o ritmo no meio da prova. Deu certo a estratégia e fui feliz", comemorou o brasileiro.

Alex faz movimento de "aviãozinho" na chegada da maratona, na pista do Estádio Olímpico
Alex Pires conquistou a medalha de prata na maratona da classe T46 - Ale Cabral/CPB

Na chegada, Alex gesticulou com os braços abertos correndo em ziguezague na pista do Estádio Olímpico de Tóquio, um gesto parecido e inspirado pelo "aviãozinho" de Vanderlei Cordeiro de Lima no bronze das Olimpíadas de Atenas-2004. Depois de conquistar a prata, o brasileiro comentou a inspiração para a comemoração.

"Eu imaginei repetir o gesto apenas naquela hora, quando lembrei da chegada do Vanderlei na maratona de Atenas. Tinha pensado em outras coisas, mas na hora não lembrei e resolvi homenageá-lo desta forma", explicou.

Natural de Sapiranga (RS), o gaúcho de 31 anos tem um encurtamento no braço esquerdo e está no atletismo paralímpico desde 2007. Após medalhas em campeonatos mundiais, ele agora conquistou a sua primeira paralímpica.

Na madrugada deste domingo, Vitor Tavares finalizou a campanha brasileira na disputa do bronze do badminton, mas foi derrotado pelo britânico Krysten Coombs de virada, por 2 sets a 1, e saiu sem medalha. Ele foi o único representante do Brasil na estreia do esporte nos Jogos.

Pela manhã, às 8h, a cerimônia de encerramento das Paralimpíadas fecha o capítulo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020.

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