NBA começa nesta terça; veja o que esperar da temporada 2021/22

Liga de basquete completa 75 anos mais perto da normalidade após baques com pandemia

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São Paulo

Depois de uma temporada encerrada na “bolha” da Disney e outra em que as restrições sanitárias foram afrouxadas conforme o avanço da vacinação nos EUA, a NBA inicia o seu campeonato de 2021/22, nesta terça-feira (19), em condições mais próximas da normalidade.

Aspectos relacionados à pandemia da Covid-19 ainda fazem parte das preocupações da liga de basquete, e uma minoria de jogadores que se recusaram a tomar a vacina deu o que falar nas últimas semanas.

A estimativa mais recente é que pelo menos 95% dos atletas estejam imunizados. Apesar de a NBA não ter tornado obrigatória —apenas a incentivou— a vacinação dos atletas, as cidades de Nova York (dos Knicks e dos Nets) e San Francisco (dos Warriors) não permitem que pessoas sem essa proteção frequentem as arenas esportivas.

Os dois jogadores, sentados lado a lado, sorriem
Kevin Durant e James Harden esperam jogar juntos mais vezes no Brooklyn Nets - Sarah Stier - 14.out.21/AFP

De qualquer forma, poder contar com torcedores nos ginásios desde o início e retomar o calendário normal de 82 jogos por equipe na temporada regular representa um alívio para os cofres e o moral da NBA no ano em que comemora seu 75º aniversário.

Várias ações alusivas à data serão feitas ao longo dos próximos meses, a começar pela divulgação, nesta semana, de uma lista elaborada por convidados da liga com os 75 melhores jogadores de sua história —polêmicas e debates à vista.

Dois jogos com a presença de favoritos ao título abrirão os trabalhos na noite desta terça: Brooklyn Nets x Milwaukee Bucks, às 20h30, e Golden State Warriors x Los Angeles Lakers, às 23h. Ambos terão transmissão do SporTV 2.

Cerca de 450 partidas da temporada regular serão exibidas em diferentes plataformas: Band na TV aberta, ESPN e SporTV na TV fechada, canais da TNT Sports e da Budweiser no YouTube e do streamer Gaules na Twitch. O serviço por assinatura League Pass permite ver 100% dos jogos mediante pagamento e também exibirá 25 gratuitamente.

Veja algumas das melhores histórias para acompanhar na temporada 2021/22 da NBA:

O favoritismo do Brooklyn Nets

Lesões impediram que os astros Kevin Durant, James Harden e Kyrie Irving atuassem juntos com regularidade na última temporada, incluindo os playoffs. Agora, mesmo com Kyrie afastado do elenco novaiorquino por sua recusa a se vacinar, se Durant e Harden estiveram saudáveis, o time —reforçado por outros veteranos, como Patty Mills e Paul Millsap— terá grandes chances de concretizar seu projeto de título inédito da NBA.

Los Angeles Lakers aposta nos veteranos

Após ter virado um prato cheio para piadas e memes, e também se divertir com eles, o time de veteranos do Los Angeles Lakers quer provar que a qualidade dos seus astros é motivo suficiente para ser levado a sério na corrida pelo título. LeBron James, 36, e Anthony Davis, 28, ganharam a companhia de Russell Westbrook, 33, Carmelo Anthony, 37, Trevor Ariza, 36, Dwight Howard, 35, Rajon Rondo, 35, e DeAndre Jordan, 33. Dos 12 jogadores mais velhos da liga, 5 estão nos Lakers.

Continuidade para se manter entre os melhores

O atual campeão Milwaukee Bucks, liderado por Giannis Antetokounmpo, teve apenas mudanças pontuais na equipe que espera novamente sair vencedora de uma Conferência Leste mais acirrada. No Oeste, o vice-campeão da liga, Phoenix Suns, e forças constantes das últimas temporadas, como Utah Jazz e Denver Nuggets, também mantiveram suas principais peças para voltar a brigar no topo.

Mudanças para voltar à disputa

Vice-campeão de forma surpreendente na “bolha”, o Miami Heat se frustrou na última temporada e agiu rapidamente para voltar a buscar um lugar entre os melhores times do Leste. É esperado que as chegadas de Kyle Lowry e P.J. Tucker deem consistência a um forte elenco, que já conta com Bam Adebayo, Jimmy Butler e bons chutadores.da linha de três.

Em menor grau de expectativa, o Chicago Bulls espera pelo menos voltar aos playoffs após contratar Lonzo Ball e DeMar DeRozan, além do bom defensor Alex Caruso.

À espera de um retorno

O Golden State Warriors vislumbra a volta de Klay Thompson, afastado por duas temporadas em razão de diferentes lesões, para voltar a sonhar com os melhores dias dos Splash Brothers (a parceria de Thompson com Stephen Curry que conquistou três títulos da NBA). Ainda não há uma data para isso, mas é esperado que ele retorne aos treinamentos sem restrições no próximo mês.

O Los Angeles Clippers também depende de um possível retorno de Kawhi Leonard, ainda mais difícil de ser previsto após cirurgia no joelho, para medir suas expectativas. Da mesma forma, o Denver Nuggets espera se fortalecer com Jamal Murray ao longo da temporada.

O Philadelphia 76ers, por sua vez, teve a recente reapresentação de Ben Simmons aos treinos. O jogador não estava lesionado, mas decidiu se afastar do elenco para forçar uma troca, que não aconteceu. A possibilidade de contribuição do atleta, talentoso e bom defensor, ainda é um mistério nesse cenário turbulento, bem como a autoconfiança e a qualidade de seus precários arremessos.

Mais um MVP europeu?

Já são três anos consecutivos de conquistas de jogadores europeus no prêmio de MVP (jogador mais valioso) da NBA. O grego Giannis Antetokounmpo, duas vezes, e o sérvio Nikola Jokic, que no ano passado levou a honraria com um ano dominante no Denver Nuggets, tornaram o basquete americano mais diverso em nacionalidade. O favorito da vez, pelo menos de acordo com as casas de apostas, é o esloveno Luka Doncic. Aos 22 anos, ele vai para a sua quarta temporada no Dallas Mavericks na expectativa de manter o rápido processo de evolução da carreira.

Brasileiros em ação

Com as saídas de Cristiano Felício e Bruno Caboclo (ainda durante a última temporada) de times da liga, o Brasil terá apenas dois representantes. Raulzinho, armador do Washington Wizards, vai para o seu sétimo ano na NBA após aproveitar bem o tempo de jogo que ganhou na equipe da capital americana.

Didi Louzada chegou ao New Orleans Pelicans no fim da última temporada, após dois anos emprestado pela franquia ao Sydney Kings, da Austrália, e atuou em três partidas. De contrato renovado, ele ainda busca seu espaço no elenco liderado por Zion Williamson.

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