Entre as tradicionais fantasias na largada da São Silvestre, a novidade foram as homenagens aos profissionais de saúde. Cartazes e faixas lembravam o trabalho feito por eles no combate à pandemia da Covid-19.
Um dos participantes da corrida, fantasiado com roupa de médico, carregava mensagem afirmando serem os "verdadeiros heróis" do país.
Além do pelotão de elite, de onde saem os vencedores, uma das atrações da prova todo ano são os anônimos e atletas amadores que transforam a São Silvestre em uma festa.
Neste ano, cerca de 20 mil pessoas estiveram presentes no evento, que teve como ponto de largada e chegada na Avenida Paulista, na zona central de São Paulo. Na edição anterior, em 2019, foram 35 mil inscritos. A São Silvestre não foi realizada em 2020 por causa da pandemia. Foi a primeira vez que a corrida não foi disputada desde a primeira edição, em 1925.
Na largada deste ano, os uniformes amarelos, distribuídos pela organização do evento, se misturaram a fantasias de super-heróis, mensagens pessoais, declarações de amor, homenagens a outras cidades e protestos. Havia cartazes com pedidos da saída do presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros com apoio a ele e contra o STF (Superior Tribunal Federal).
A diferença neste ano foi a obrigatoriedade do uso de máscara, algo que a maioria obedeceu, mas nem todos.
Pelas regras da prova, o uso da proteção era obrigatório na Avenida Paulista, nos trechos de largada, chegada e na dispersão. No restante dos 15 km do percurso, o adereço era recomendado, mas não exigido. Diante da aglomeração de milhares de pessoas, a fiscalização do cumprimento da regra foi inviável.
Mesmo os corredores de elite fizeram a largada com a máscara, mas não utilizaram a proteção na chegada.
Para correr, os atletas tiveram de apresentar certificado do ciclo completo de vacinação. Quem recebeu apenas uma dose foi obrigado a mostrar comprovante de teste PCR com resultado negativo.
Para evitar aglomerações desnecessárias, a avenida Paulista foi fechada para o público. A maior concentração de pessoas estava no trecho de acesso à avenida Dr. Arnaldo, na largada, e na avenida Brigadeiro Luís Antônio, próximo à chegada.
A prova deste ano foi vencida pelo etíope Belay Bezabh na categoria masculina e pela queniana Sandrafelis Chebet na feminina.
O melhor resultado brasileiro foi obtido por Daniel Nascimento, segundo colocado entre os homens. Nas mulheres, Jenifer Nascimento ficou em terceiro.
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