Descrição de chapéu tênis

Djokovic jogará Australian Open após dispensa de vacina contra Covid

Torneio confirma aprovação de exceção médica que garante a participação do sérvio

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São Paulo

O tenista Novak Djokovic confirmou nesta terça-feira (4) que buscará seu décimo título do Australian Open após receber uma isenção que dispensa a obrigatoriedade de estar vacinado contra a Covid-19 para jogar o torneio, a partir de 17 de janeiro.

O número 1 do mundo, que se recusa a revelar seu status de vacinação, afirmara anteriormente que não tinha certeza se iria competir no primeiro Grand Slam do ano devido a preocupações sobre as regras de imunização exigidas pelo governo australiano. Para entrar no país sem estar imunizado é necessário receber uma autorização especial concedida pela autoridade estadual.

"Passei um tempo fantástico com meus entes queridos durante as férias e hoje estou indo para a Austrália com uma permissão de isenção. Vamos para 2022", escreveu o tenista sérvio nas redes sociais junto de uma foto com sua bagagem no aeroporto.

O torneio confirmou na sequência da publicação do atleta que o pedido dele foi aceito após um "rigoroso processo de revisão envolvendo dois painéis independentes de médicos especialistas". Os protocolos de saúde foram definidos pela Tennis Australia, autoridade do esporte no país, e pelo departamento de saúde do estado de Victoria, onde está a cidade de Melbourne, seguindo diretrizes nacionais.

Entre as possíveis razões médicas para receber a permissão estão eventos adversos relacionados à vacina e um exame PCR positivo para a doença nos últimos seis meses. Não está clara qual é a situação de Djokovic, e o torneio não pretende se pronunciar sobre os motivos de cada exceção.

No ano passado, o diretor do Australian Open, Craig Tiley, disse esperar que mais de 95% dos tenistas estivessem vacinados para a disputa. De acordo com a organização, o torneio recebeu 26 pedidos de isenção entre cerca de 3.000 participantes e alguns foram aprovados, mas o número exato não foi revelado.

Djokovic se estica para rebater uma bola
Novak Djokovic na final do Australian Open de 2021, quando ganhou seu nono título - David Gray - 21.fev.21/AFP

Em abril de 2020, antes mesmo de a vacina contra a Covid-19 ser uma realidade, o tenista sérvio se declarou contrário à obrigatoriedade da imunização para competir no circuito.

"Pessoalmente, sou contra vacinação e não gostaria de ser forçado por alguém a tomar uma vacina para poder viajar", disse em uma conversa com outros atletas sérvios nas redes sociais.

O tenista nunca se aprofundou no tema, que considera ser de sua esfera pessoal. "Eu não sou especialista, mas quero ter a opção de escolher o que é melhor para o meu corpo", chegou a afirmar em nota na mesma ocasião.

Em junho de 2020, ele contraiu Covid-19 durante uma sequência de torneios que ajudou a promover na Sérvia e na Croácia. Numa época em que o esporte mundial era retomado com uma série de cuidados, o Adria Tour dispensou grande parte das restrições sanitárias. Foi liberada, por exemplo, a presença de público, e o uso de máscara não era obrigatório.

O Australian Open de 2022 é o primeiro grande torneio do tênis com exigência de vacinação para os atletas. Em fevereiro do ano passado, quando o acesso aos imunizantes ainda era baixo mundialmente, os participantes tiveram que cumprir período de isolamento, inclusive com restrição de treinos, antes de poderem circular livremente.

O pai de Novak, Srdjan Djokovic, disse recentemente a um canal de televisão sérvio que seu filho provavelmente desistiria do Australian Open de 2022 por ser vítima de uma "chantagem".

No fim de 2021, o tenista comunicou que não participaria da ATP Cup, competição entre países atualmente em disputa na Austrália, e levantou ainda mais dúvidas sobre a sua presença no Slam.

Djokovic ganhou um recorde de nove títulos do Australian Open, incluindo os três últimos, e está em um empate triplo com Roger Federer e Rafael Nadal em 20 troféus dos quatro torneios do Grand Slam.

Na final do US Open de 2021, em setembro, ele perdeu a decisão para o russo Daniil Medvedev e não conseguiu chegar à almejada marca de 21, que agora tentará buscar no seu torneio mais dominante.

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