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Novak Djokovic: tenista é detido na Austrália; o que acontece agora

Uma audiência sobre o caso está prevista para acontecer no domingo, ainda sábado no Brasil

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BBC News Brasil

O tenista sérvio Novak Djokovic foi detido na Austrália nesta sexta-feira (14), horas depois que seu visto foi revogado pela segunda vez devido à falta de vacinação contra a covid-19.

Os advogados do atleta de 34 anos, o tenista número 1 do mundo, acionaram a Justiça para tentar reverter o que classificaram como um julgamento "irracional".

Uma audiência sobre sua situação está prevista para esse domingo na Austrália, ainda sábado no Brasil (19h30 no horário de Brasília).

O tenista sérvio Novak Djokovic veste uniforme verde e segura raquete em quadra de tênis
O tenista sérvio Novak Djokovic na partida final do torneio Aberto da Austrália em Melbourne, em 2020 - Greg Wood/AFP

No dia seguinte, está agendada sua estreia no Aberto da Austrália, torneio que ele já venceu em nove ocasiões. Caso possa disputar e consiga vencer esse ano, Djokovic pode se tornar o tenista masculino mais bem-sucedido da história, com um recorde de 21 títulos de Grand Slam (Australia Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open).

Mas em sua disputa na Justiça, a audiência de domingo, o tenista pode ser deportado e perder o direito ao visto australiano por três anos, caso seja derrotado.

Mais cedo, o visto foi revogado por motivos de "saúde e ordem", segundo o ministro da Imigração da Austrália, Alex Hawke.

"Hoje eu exerci meu poder... de cancelar o visto do senhor Novak Djokovic por motivos de saúde e ordem, com base no interesse público", disse o ministro, em um comunicado.

No momento, Djokovic permanece agendado para jogar o Aberto da Austrália segundo os organizadores, e está marcado para enfrentar o também sérvio Miomir Kecmanovic em sua estreia no início da próxima semana.

O visto de Djokovic foi revogado pela primeira vez logo após sua chegada a Melbourne em 6 de janeiro, depois que oficiais da imigração australiana disseram que ele "não conseguiu fornecer evidências suficientes" para receber uma dispensa de vacina.

A opinião pública também reagiu contra Djokovic, já que boa parte dos australianos precisou enfrentar quarentenas rígidas. Muitos ficaram indignados com o visto dado a um atleta não-vacinado.

Djokovic foi detido por horas no controle de imigração do aeroporto de Melbourne e depois passou dias em um hotel da Imigração. Posteriormente, seu visto foi restabelecido por um juiz, que ordenou sua libertação, determinando que os funcionários da fronteira ignoraram o procedimento correto.

Mas na noite de sexta-feira em Melbourne, Hawke cancelou o visto de Djokovic usando poderes de ministro da Lei de Migração da Austrália.

A lei permite que ele deporte qualquer pessoa que considere um risco potencial para "a saúde, segurança ou boa ordem da comunidade australiana".

O primeiro-ministro, Scott Morrison, disse que a decisão foi feita depois de uma "ponderação cuidadosa".

"Os australianos fizeram muitos sacrifícios durante esta pandemia e esperam, com razão, que o resultado desses sacrifícios seja protegido. É isso que o ministro está fazendo ao tomar essa ação hoje", disse ele em comunicado.

Isso ocorre depois que Djokovic alegou que seu agente havia feito uma declaração falsa em seu formulário de viagem. Djokovic também disse ter se encontrado com um jornalista após testar positivo para covid-19.

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