Descrição de chapéu jogos de inverno

Corte decide que Kamila Valieva, flagrada no doping, pode competir em Pequim

Russa de 15 anos é favorita na patinação; COI diz que, se ela vencer, não haverá entrega de medalhas

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São Paulo

A russa Kamila Valieva, 15, foi liberada para competir na patinação artística nas Olimpíadas de Inverno em Pequim. Ela havia testado positivo em exame antidoping realizado em dezembro do ano passado. Mas o COI (Comitê Olímpico Internacional) avisou que se ela vencer, a cerimônia de entrega das medalhas será suspensa.

Kamila Valieva treina em Pequim antes da decisão do CAS que a libera para competir nas Olimpíadas de Inverno
Kamila Valieva treina em Pequim antes da decisão do CAS que a libera para competir nas Olimpíadas de Inverno - Anne-Christine Poujoulat/AFP

Kamila é uma das favoritas da prova. Ela já ganhou um ouro na atual edição dos Jogos, mas por equipes.

A liberação para que a adolescente possa participar foi tomada após audiência de seis horas do CAS (Corte Arbitral do Esporte). A entidade decidiu que a atleta não deve ser suspensa preventivamente até o caso ser julgado.

Um dos motivos para a posição do CAS foi a idade da patinadora. Aos 15 anos, ela está sujeita a regras diferentes das enfrentadas por um adulto. Pelas normas usadas pelas agências antidoping, atletas com menos de 16 anos não são responsabilizados por tomarem substâncias proibidas. Com isso, o foco maior nas investigações será em seus treinadores e médicos.

A substância encontrada em seu teste, feito em 25 de dezembro, foi a trimetazidina, droga usada no tratamento de doenças cardiovasculares. O resultado das amostras, enviadas para um laboratório sueco, foi divulgado apenas na semana passada.

Quando isso aconteceu, ela já havia vencido o ouro por equipes nos Jogos de Pequim-2022.

A Wada (Agência Mundial Antidoping) sinalizou que o motivo para a demora foi que as autoridades russas não avisaram ser aquela uma análise de alta prioridade. A Rusada (Agência de Antidoping da Rússia) suspendeu Kamila, mas no dia seguinte cancelou a decisão. Ela passou a ser apoiada por autoridades do governo de seu país.

"O CAS considerou que preveni-la de competir nas Olimpíadas causaria um dano irreparável à atleta", anunciou o diretor da entidade, Matthieu Reeb.

Liberada, ela vai competir nesta terça-feira (15). A final da patinação feminina está marcada para quinta-feira (17).

"Não seria apropriado ter uma cerimônia de entrega de medalhas, diante das circunstâncias", anunciou o COI.

Brasil fica à frente apenas da Jamaica

Na competição de bobslead, a dupla brasileira composta por Edson Bindilatti e Edson Martins terminou o primeiro dia de competições na 29ª colocação. A equipe ficou à frente apenas da Jamaica.

Bobslead é a modalidade em que a descida em uma pista de gelo é feita em um trenó.

A prova recomeça nesta terça-feira e todas as 30 duplas participarão da terceira descida. Apenas as 20 melhores terão a chance de fazer uma quarta tentativa.

Ouro quatro anos depois

A dupla Gabriella Papadakis e Guillaume Cizeron conquistou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial na patinação artística. O resultado foi uma revanche para os franceses depois de a vitória ter escapado deles por um problema na roupa há quatro anos.

Papadakis e Cizeron perderam pontos nas Olimpíadas de Inverno de 2018 porque o figurino de Gabriella se desajustou durante a prova e seu seio ficou à mostra sem que ela percebesse. Isso fez com que ficassem apenas com a prata.

Em Pequim, a dupla obteve inéditos 226,98 e subiu ao lugar mais alto do pódio.

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