Ao lado do técnico Jürgen Klopp, eles são a cara do Liverpool mais vitorioso dos últimos 30 anos. Mohamed Salah e Sadio Mané formam uma dupla de ataque que deu ao clube um título da Premier League e uma taça da Champions.
Mas esse protagonismo na equipe inglesa, ao menos para os olhos do mundo do futebol, não é exatamente dividido. O egípcio de 29 anos atrai mais atenções, concorre aos principais prêmios individuais e é mais celebrado que seu companheiro senegalês.
Neste domingo (6), na final da Copa Africana de Nações, Mané tentará guiar sua seleção a um título inédito na competição continental. Conquista que o colocaria, enfim, acima de Salah.
Apesar do domínio do Egito na história do torneio (tem sete troféus), seu principal nome da atualidade nunca foi campeão africano e, assim como Mané, busca seu primeiro título.
"É um grande acontecimento os dois se classificarem para a final. Não será fácil, porque um estará realmente feliz depois e o outro, menos. Mas é uma chance de conquistar algo muito grande", disse Klopp sobre ter seus dois principais atletas na decisão africana.
Semanas antes do torneio, Mohamed Salah esteve próximo de vencer o prêmio de melhor jogador do mundo pela Fifa, entregue a Robert Lewandowski no último mês de janeiro. Lionel Messi, o atleta mais premiado do futebol masculino (seis vezes eleito), ficou em segundo lugar, com o egípcio em terceiro.
Na lista de premiados como melhor jogador africano, Salah tem duas distinções (2017 e 2018), enquanto Mané tem uma (2019, quando foi vice-campeão continental).
Uma vitória na decisão da Copa Africana, aliada à ótima temporada que faz pelo Liverpool, daria à estrela do Egito mais argumentos para concorrer novamente e com mais força na próxima edição.
Em 20 partidas na Premier League, Mohamed Salah já contabiliza 16 gols e 11 assistências. Na Champions, anotou sete vezes nos seis jogos que disputou.
Pela competição europeia, tem números melhores do que quando foi campeão na temporada 2018/2019, campanha na qual registrou 5 bolas na rede. Uma delas, porém, foi a mais importante de sua carreira até aqui, na final diante do Tottenham.
Salah marcou o primeiro (Origi fez o segundo) da vitória sobre os rivais de Londres, triunfo que rendeu ao Liverpool o título. E um feito que colocou o atacante africano para sempre na história do Liverpool e da Champions League.
Mané também compartilhou com Salah a conquista da Europa, mas sempre à sombra do companheiro.
No título da Champions, marcou quatro gols e distribuiu três assistências.
Na temporada seguinte, 2019/2020, o Liverpool encerrou um jejum de três décadas sem vencer a liga inglesa. Mané teve participação de destaque, com 18 gols e 9 assistências. Salah, entretanto, foi além: anotou 19 vezes e deu 11 passes para gol.
A Copa Africana de Nações, na qual o senegalês faz melhor torneio individualmente que seu colega de clube, será a oportunidade para Mané atingir o topo e assumir o protagonismo à frente do egípcio.
O atacante, líder de um Senegal que nunca foi campeão africano, tem 3 gols e duas assistências na competição. Salah, de rendimento mais discreto, marcou duas vezes e deu um passe para gol.
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